O policial militar Elizeu Teixeira Cintra, que atirou e matou o companheiro de farda Yung Caio Rodrigues, ganhou liberdade provisória após decisão da 11ª Vara da Justiça Militar de Cuiabá. No dia 17 deste mês, Yung tentou passar um trote em Elizeu e acabou sendo baleado pelo colega, em Rondonópolis, a 218 quilômetros da capital. O PM estava detido no 5º Batalhão da PM de Rondonópolis, desde o dia 18 e foi liberado na sexta-feira passada (25.01).
De acordo com informações, o juiz Marcos Faleiros entendeu que o PM teve uma falsa impressão de um ataque e agiu em defesa dele e da família, no dia da tragédia. Apesar de ser solto, o policial está afastado das funções que exercia no batalhão e vai passar por acompanhamento psicológico.
O inquérito policial que foi aberto para investigar o caso deve ser concluído em 40 dias e será enviado ao Ministério Público Estadual, que decidirá se denunciará ou não o PM.
O caso: De acordo com informações da Polícia Militar, Yung Caio foi até a casa de Elizeu e tentou passar um trote nele, simulando um assalto. O PM achou que era verdade e disparou pelo menos duas vezes contra o amigo que estava de capacete em uma motocicleta.
Ainda conforme a Polícia, Elizeu estava em um veículo e saía da garagem para trabalhar. Nesse momento, o colega chegou em uma motocicleta e, sem tirar o capacete, desceu da moto, encostou no vidro do carro dele e disse ‘perdeu, perdeu’.
O policial se assustou e achou que se tratava de um assalto e disparou contra o amigo. Um dos tiros atingiu o abdome do militar. Em seguida, o PM disparou outra vez e atingiu a perna do colega. Só então tirou o capacete e foi reconhecido pelo outro autor dos disparos.
Elizeu Cintra, então levou o amigo para o Hospital Regional de Rondonópolis. Na unidade de saúde, a vítima passou por cirurgia, no entanto, não resistiu e faleceu no mesmo dia.
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