A Polícia Federal deflagou na manhã desta terça-feira (05.10) em Mato Grosso e em outros nove Estados a “Operação Balada” para desarticular uma organização criminosa especializada no tráfico de drogas, de armas e lavagem de dinheiro.
Ao todo foram expedidos pela 4ª Vara Criminal da Comarca de Uberlândia (Minas Gerais) 247 mandados de prisão e 249 mandados de busca e apreensão, além de centenas de outras medidas cautelares, como sequestro de bens e bloqueio de contas correntes.
Além de Mato Grosso, os mandados estão sendo cumpridos nos Estados de Minas Gerais, Goiás, Rio de Janeiro, Rondônia, Mato Grosso do Sul, Pará, Alagoas, Tocantins e Espírito Santo. Em Mato Grosso, foram cumpridos mandados de prisão e de busca apreensão em Cuiabá.
De acordo com a Polícia Federal, a organização investigada operava esquema estruturado de tráfico de drogas e preparava o material para ser vendido utilizando insumos químicos adquiridos por meio de empresas regularmente cadastradas.Em sete meses foram comprados insumos capazes de manipular mais de 11 toneladas de cocaína.
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Segundo as investigações, investigados em Mato Grosso envia a droga para ser armazenada na região do Triângulo Mineiro (Minas Gerais). Traficantes de Mato Grosso do Sul, Pará e Rondônia também abastecia a quadrilha com entorpecentes.
Após o armazenamento o material era distribuído por todo o Brasil, principalmente no Rio de Janeiro, Espírito Santo, Goiás e outras regiões de Minas Gerais. Além de tráfico de drogas, o grupo também atuava no tráfico ilegal de armas de fogo.
Durante o trabalho de investigação já ocorreu apreensão de carregamento com 8 fuzis e 14 pistolas em Uberlândia, em março de 2020. As armas eram comercializadas e, em seguida, destinada à grupos especializados no tráfico de drogas e roubos a banco no Triângulo Mineiro, além de uma facção criminosa no Rio de Janeiro.
Ainda segundo a PF, para poder dissimular a origem criminosa do patrimônio acumulado, a organização criminosa utilizava um esquema de lavagem de dinheiro classificado pela própria PF como “sofisticado”, pois utilizava empresas de fachada e a compra de postos de combustíveis, hotéis fazenda, imóveis, veículos e embarcação de luxo.
A quadrilha movimentou mais de R$ 2 bilhões nos últimos dois anos por meio da ação criminosa. As contas bancárias, os bens identificados e cerca de 100 imóveis foram bloqueados por determinação judicial.
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