A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira (12.04), a “Operação Encilhamento”, que apura fraudes envolvendo a aplicação de recursos de Institutos de Previdência Municipais em fundos de investimento que contém, entre seus ativos, debêntures sem lastro, emitidas por empresas de fachada.
A operação é a segunda fase da Papel Fantasma e ocorre com apoio da Secretaria de Previdência – SPREV. Conforme a PF, estima-se que as debêntures - título de dívida que gera um direito de crédito ao investidor, emitidas por empresas de fachada ultrapassam o valor de R$ 1,3 bilhão.
Ao todo, policiais federais e auditores-fiscais da Receita Federal cumprem 60 mandados de busca e apreensão e 20 mandados de prisão temporária expedidos pela 6ª Vara Criminal Federal de São Paulo, nos Estados de MT, SC, SP, RJ, MG, PR e GO.
Com o avanço das investigações, foram identificados 28 Institutos de Previdência Municipais. Estes investiram em fundos que, direta ou indiretamente, adquiriram papéis sem lastro. Foram identificados o envolvimento de uma empresa de consultoria contratada pelos Institutos de Previdência e elementos que apontam para corrupção de servidores ligados a alguns Institutos de Previdência.
Estão sendo investigados, até o momento, 13 fundos de investimento. No 2º semestre de 2016 foi constatada a existência de R$ 827 milhões em apenas oito destes fundos, dinheiro que, em última análise, destina-se ao pagamento das aposentadorias dos servidores municipais. (Com informações PF/SP)
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