A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira (17.06) a 16° fase da Operação Ararath. De acordo com informações preliminares, os alvos da operação são os conselheiros afastados do Tribunal de Contas do Estado (TCE), José Carlos Novelli e Waldir Teis.
Os federais cumprem mandados de busca e apreensão na chácara de Novelli, em Santo Antonio do Leverger (a 36 km e Cuiabá), e no Tribunal de Contas do Estado (TCE). Os mandados foram expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), mas a ação tramita em sigiloso. A Polícia Federal informou também, que devido ao sigilo dos autos não poderá fornecer mais informações sobre o caso.
O 
oticias apurou que oito agentes da Polícia Federal estão no Tribunal de Contas neste momento, no protocolo e requisitou cópias de documentos e contratos. "Os federais estão fazendo uma devassa setor de contratos", revelou fonte do oticias.
O presidente do TCE, Guilherme Maluf chegou há pouco na Corte de Contas para acompanhar a operação.
O oticias apurou ainda, que os policiais foram à chácara de Novelli e lá, segundo informações preliminares, encontraram armas, mas estavam legalizadas.
Ainda, segundo fontes, o conselheiro afastado Waldir Teis também é alvo da operação. A PF apura desvios em 13 contratos de tecnologia de informação que geraram superfaturamento e desvio de R$ 137 milhões. A reportagem do oticias está tentando falar com as defesas dos alvos desta operação, mas até o momento não atenderam as ligações.
Entenda - Em 2017, por meio de decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, os cinco conselheiros José Carlos Novelli, Sérgio Ricardo, Valter Albano e Antônio Joaquim, foram afastados, durante deflagração da 12° fase da Ararath que foi batizada de "Malebolge".
Em fevereiro deste ano, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou os pedidos de agravo impetrados pelas defesas dos conselheiros afastados, José Carlos Novelli, Sérgio Ricardo, Valter Albano e Antônio Joaquim contra a decisão de Luiz Fux. Waldir Teis ingressou com um pedido de reconsideração do seu afastamento, que também foi negado.
O relator Raul Araújo Filho opinou pela prorrogação do afastamento por mais 180 dias até a conclusão do inquérito da Polícia Federal, sendo acompanhado por unanimidade pelos demais ministros.
Os conselheiros afastados são suspeitos de cobrarem propina de R$ 53 milhões, segundo revelou o ex-governador Silval Barbosa, em colaboração premiada. Segundo Silval, a propina era para que os conselheiros não fiscalizassem as obras relacionadas à Copa do Mundo de 2014, em Cuiabá.
Outro lado - Atualizada em 09h58 - Por meio de nota, o conselheiro José Carlos Novelli repudiou a medida de busca e apreensão realizada na manhã desta quarta-feira (17). Desde o início das investigações, segundo o conselheiro afastado do TCE, sempre atendeu adequadamente a todas as notificações nas quais foi instado a se manifestar e a apresentar documentos e informações.
"A medida empreendida na data de hoje afigura-se totalmente desnecessária, uma vez que operação similar nessa investigação já foi executada em 2017, sem acréscimo de novos elementos", diz trecho da nota.
Por fim, Novelli lembrou que já são quase três anos de processo investigatório sem resolução e, mesmo com sua conduta colaborativa, ainda se vê vítima de um processo de delação premiada parcial, condenatório e vazio de provas.
Nota de esclarecimento - atualizada em 09h38 -O Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT) informa que a Polícia Federal cumpriu mandado de busca e apreensão na sede do órgão, requisitando na Secretaria de Administração, documentos de gestão do período compreendido entre 2012 e 2015.
O TCE-MT reforça seu compromisso com a Justiça, colocando-se à disposição das autoridades para qualquer esclarecimento.
Entre no grupo do VGNotícias no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).
