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Polícia Sexta-feira, 25 de Novembro de 2016, 08:43 - A | A

Sexta-feira, 25 de Novembro de 2016, 08h:43 - A | A

Colniza

Pecuarista é preso em MT por duplo-homicídio

Redação VG Notícias com PJC/MT

Pecuarista acusado de matar a cunhada e o pai dela é preso em Colniza (1.065 km a Noroeste), depois de 19 anos do crime, ocorrido na cidade de Novo Progresso, no Estado do Pará. O duplo homicídio ocorreu no dia 22 de dezembro de 1997 e o pecuarista, Valecir Hoffmann, 58, teve o mandado de prisão cumprido no dia 18 de novembro de 2016, pela Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso.

O pecuarista e mais cinco pessoas estão denunciados pelo duplo assassinato de Rozeli Capelari Bordim, 28 anos, e seu pai Vital Capelari Bordim. A moça era casada com o irmão falecido do suspeito e herdou a fazenda “Serra Azul”, que motivou os assassinatos no dia 22 de dezembro de 1997.

Segundo denúncia do Ministério Público de Novo Progresso, naquele dia, na propriedade havia outros dois adultos e três crianças pequenas, sendo um o filho da vítima Rozeli. Todos tinham acabado de almoçar quando foram surpreendidos por homens armados, que invadiram a fazenda pelos fundos e entraram efetuando disparos.

O grupo era comandado por Valecir Hoffmann e seu irmão Juarez Hoffmann, que segue foragido. Ambos eram conhecidos como os irmãos “Gringo” e “Pingo” e chegaram à fazenda afirmando estarem procurando por Rozeli e Vital e pediram as demais pessoas para saírem do local.

As duas vítimas tentaram fugir, mas foram brutalmente assassinadas com diversos tiros efetuados pelo bando de homicidas, que estava armados com espingardas e revólveres de calibres diversos.

Conforme a denúncia do MP “tudo decorreu de uma acirrada disputa pelo acervo hereditário de Jaci Hoffmann, irmão de ‘Gringo’ e ‘Pingo’, falecido no mês de junho 1997, que viveu em concubinato com Rozeli, com que teve um filho de 4 anos, na época do crime”.

O litígio da posse dos bens, em sua maior parte de propriedades rurais e máquinas agrícolas, já estava tramitando na Vara Especializada da Comarca, onde tinha ocorrido audiência no dia 17 de dezembro de 1997, dias antes do duplo homicídio.

Depois do crime, o pecuarista adquiriu uma fazenda no Distrito de Guariba, distante 175 quilômetros de Colniza. Em Mato Grosso casou com a filha de um sitiante e comprou bens como caminhonete, motocicletas e 1.100 cabeças de gado. Por ser foragido, colocou a propriedade e os bens em nome da mulher, de quem recentemente se separou.

Foi justamente à separação, que acabou ajudando os policiais civis da Delegacia de Colniza a identificar o histórico do fazendeiro, que levantava suspeita por não ter nenhuma propriedade em seu nome, e também não aparecia nos sistemas de consulta de informações , mesmo tendo ordem judicial decretada desde 2002.

O mandado foi enviado à Delegacia, após os policiais entrarem em contato com a comarca de Novo Progresso. O pecuarista foi preso após deixar o cartório da cidade.

O suspeito encontra-se preso na Cadeia Pública de Colniza. A comarca de Novo Progresso foi comunicada da prisão efetuada em Colniza.

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