A terceira fase da “Operação Fraudadores” deflagrada nesta quinta-feira (15.02) cumpriu três mandados de busca e apreensão contra empresários e empresas nos municípios de Lucas do Rio Verde, Sorriso e Ipiranga do Norte. Durante o cumprimento dos mandados um dos alvos foi preso em flagrante por posse ilegal de arma de fogo e munições.
Segundo informações da Polícia Civil, os empresários e empresas são investigados por participação em suposto esquema de fraudes que movimentaram na ordem de R$ 1,4 bilhão em notas frias.
“Havíamos identificados carca de 120 produtores, que fizeram uso dessas notas frias e no decorrer do inquérito foi possível identificar quem eram os operadores, ou seja, quais as pessoas que faziam a venda dessas notas e disponibilizavam essa ilegalidade para os produtores rurais”, explicou o delegado da Delegacia Especializada de Crimes Fazendários (Defaz), Walter Fonseca.
Segundo o delegado, a operação realizada pela Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada de Crimes Fazendários, Ministério Público do Estado de Mato Grosso e Secretaria Estadual de Fazenda (Sefaz) segue com as investigações para identificar novos envolvidos, incluindo os líderes da organização criminosa.
“O foco agora são realmente os cabeças desse esquema, as pessoas responsáveis pela inserção no mercado dessas notas anedonias e também reprimir a continuidade dessas práticas, esperamos que ao longo do dia a gente consiga com os materiais apreendidos chegar a mais envolvidos nessa investigação que continua”, destacou o delegado.
OPERAÇÃO FRAUDADORES
A Operação Fraudadores teve início no final do ano de 2022, após a identificação de uma possível organização criminosa envolvendo produtores rurais, contadores, operadores de empresas de fachada e empresários, que há anos fraudam o fisco mato-grossense, com uma movimentação estimada de R$ 1,4 bilhão em notas frias, conforme informações da Sefaz.
Nas duas primeiras fases da foram ouvidos cerca de 120 produtores rurais, gerando créditos tributários parcelados e quitados que superam os R$ 20 milhões. Desse montante, entre débitos parcelados e quitados, o estado já recolheu efetivamente o total de R$ 2.623.833,15.
De acordo com os órgãos de controle, após as oitivas das duas primeiras fases, foi possível identificar os principais corretores de grãos responsáveis pela utilização da empresa de fachada, em relação aos produtores inicialmente ouvidos.
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