A Polícia Federal e Ibama concluíram nessa segunda-feira (28.03), a “Operação Onipresente” de combate a crimes ambientais em terras indígenas com prisão de um servidor, apreensão de diversos equipamentos para atividades de mineração e corrupção de líderes indígenas.
Segundo informações delegado Roberto Moreira Filho, a operação teve como objetivo reprimir o desmatamento ilegal e a extração ilegal de madeira e garimpos clandestinos dentro de terras indígenas.
A operação apreendeu documentos, celulares, sete escavadeiras hidráulicas, três caminhões, sete tratores, 12 motocicletas e 30 motores estacionários utilizados na lavagem do solo. “Além da destruição de diversos acampamentos que davam suporte para o comentimento dos crimes. As escavadeiras e veículos que estavam em situação precária de conservação ou em locais de difícil acesso foram inutilizados e os demais foram retirados e receberão destinação que será definida posteriormente”, cita trecho da apreensão.
Ainda conforme a PF, as atividades ilegais eram realizadas com autorização de lideranças indígenas que recebem valores dos madeireiros e garimpeiros, tendo inclusive sido encontrados com os infratores uma tabela com preço pago aos indígenas.
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Durante os 15 dias, a operação atuou em 21 pontos localizados na Terra Indígena Aripuanã situada entre os municípios de Juína/MT e Aripuanã/MT (etnia Cinta Larga); Terra Indígena Menkü no município de Brasnorte (etnia Menķü) e no Parque Nacional do Xingu em Feliz Natal/MT (etnia Ikpeng).
Segundo a PF, a escolha das localidades fiscalizadas foi feita através de monitoramento via satélite no sistema Planet que é capaz de detectar desmatamentos em áreas tão pequenas quanto um quintal de uma casa. “Nossa principal ferramenta é a monitoração via satélite, nossos satélites são capazes de detectar qualquer alteração na vegetação, principalmente nas terras indígenas”, relatou o delegado Roberto.
Prisão de servidor - Durante a “Operação Onipresente” foi descoberta a atuação de um servidor da Funai que passava informações a garimpeiros para que escapassem da ação policial. Com uma rápida investigação, foi possível a realização da Operação Ato Reflexo, que resultou na prisão desse servidor da Funai e de uma liderança indígena que recebia 20% de todo ouro extraído da área protegida.
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