A "Operação Ceres", coordenada pela Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Cuiabá, cumpriu 48 mandados judiciais nesta quarta-feira (13.09) contra quadrilha, que desviou cargas de bebidas de cervejaria nacional [fabricante das marcas Budweiser, Skol, Antártica, Brahma e Stella Artois].
A ação envolveu 90 policiais civis que atuaram em diversos endereços na Capital, as seguintes ordens judiciais: 18 buscas e apreensões domiciliares; 19 buscas e apreensões de computadores e aparelhos celulares e quebra do sigilo telemático; 06 ordens de sequestro e arresto de bens móveis; 04 ordens de quebra do sigilo bancário e fiscal e uma ordem de penhora no valor de R$ 12.782 milhões em desfavor dos investigados.
O inquérito policial instaurado apura os delitos de associação criminosa, lavagem de dinheiro, furto qualificado, receptação qualificada e falsidade ideológica contra uma quadrilha que se associou para desviar bebidas alcoólicas de cinco marcas produzidas pela cervejaria nacional.
A investigação da Polícia Civil iniciou a partir do recebimento de uma denúncia da Associação Brasileira de Combate à Falsificação apontando que estavam ocorrendo desvio frequentes de lotes das marcas Budweiser, Skol, Antártica, Brahma e Stella Artois da empresa fabricante.
Desvios de mercadorias
A Delegacia de Roubos e Furtos da Capital apurou que os desvios eram praticados por funcionários da cervejaria e de duas empresas que prestam serviços de logística à fabricante. A execução dos crimes contava com a participação de empregados que atuavam nas funções de conferencistas, porteiros, motoristas, ajudantes de motorista, carregadores, entre outros.
O grupo envolvido desviava mercadorias que eram devolvidas por clientes da cervejaria. Para isso, era falsificada uma declaração por parte do conferencista e do porteiro confirmando que houve a entrada dos lotes de cervejas na fábrica. Em seguida, as cargas das bebidas eram desviadas aos receptadores.
Os lotes de cervejas seguiam, então, para os receptadores, um deles uma distribuidora localizada na Avenida Arquimedes Pereira Lima, no bairro Jardim Renascer. Dois funcionários da distribuidora tinham conhecimento do esquema criminoso.
Prejuízo financeiro
Informações fornecidas pela fabricante de bebidas, a partir do sistema de controle de inventário, apontaram um prejuízo estimado em quase R$ 12.800 milhões. Os números foram apurados nas diferenças de itens de estoque levantadas pela cervejaria no inventário mensal nos anos de 2021 e 2022.
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A Operação Ceres conta com apoio de equipes da Delegacia Especializada de Crimes Fazendários, Politec-MT, e da Secretaria de Estado de Fazenda e unidades policiais da Diretoria Metropolitana.
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