Novas imagens mostram a abordagem truculenta da Polícia Militar na noite de quarta-feira (03.07), no Bar Tatu Bola, no bairro Popular, em Cuiabá. Além das agressões, o defensor público André Rossignolo e o procurador do Estado Daniel Gomes foram presos ilegalmente. Veja vídeo no final da matéria
Os servidores estavam no bar com amigos, após saírem da partida entre Cuiabá e Botafogo, na Arena Pantanal, quando um homem entrou no local ensanguentado e pedindo socorro. Posteriormente, três polícias militares também entraram no estabelecimento e imobilizaram o rapaz.
"Eles vão matar eu. Eu tô sem ar. Eles tão matando eu" (SIC), grita o rapaz enquanto está sendo imobilizado.
A ação foi gravada pelo próprio defensor, que entendeu se tratar de uma ação violenta por parte da polícia. No vídeo, é possível ver clientes questionado o modo como a abordagem estava sendo conduzida, momento em que um policial, visivelmente exaltado, afirma que a ação estava sendo realizada daquela forma, pois ele é policial e decide como seria. “Por que eu sou policial e estou falando que é assim” (SIC).
Após se apresentar como servidor do Estado e afirmar que estava gravando a situação, André Rossignolo teve seu celular apreendido. Em outro trecho do vídeo, o defensor aparece do lado do fora do estabelecimento, sendo algemado e colocado no camburão. O procurador também foi preso.
Os servidores, juntamente com outras duas pessoas, sendo uma delas o homem abordado inicialmente, foram encaminhados para a Central de Flagrantes. Lá, o defensor e procurador foram liberados pelo delegado de plantão, por não haver provas de crime praticado por eles. Já o homem abordado foi encaminhado ao hospital com escoriações no rosto e o ombro deslocado.
No boletim de ocorrência consta que os militares haviam sido acionados devido a um suspeito que estava “causando tumulto e assediando mulheres no local”. Leia matéria relacionada - Confusão em bar termina com clientes presos e inquérito sobre conduta policial em Cuiabá
Defensoria Pública de Mato Grosso
Em nota, a Defensoria Pública de Mato Grosso (DPMT) informou que tem conhecimento do caso e que não vai tolerar qualquer tipo de abuso contra defensores e que seguirá atuando para coibir situações de violência ou abuso de poder.
Posicionamento da Polícia Militar
O comandante-geral da PM, coronel Alexandre Mendes, informou por meio de nota que a sindicância foi instaurada para a investigação e que irá responsabilizar os envolvidos na ocorrência, se necessário.
"Saliento, por derradeiro, que sempre serei o primeiro a defender minha tropa quando atacadas de forma injusta, mas, o primeiro a cortar na própria carne caso necessário, especialmente àqueles PMs que agirem de forma truculenta e contrária às normas vigentes", diz trecho da nota.
Veja vídeo
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