A menina, de 11 anos, estuprada pelo padrasto que tentou contra a própria vida na noite da última terça-feira (18.08), cravando uma faca de serra no próprio peito, escreveu diversas cartas relatando em detalhes os abusos que sofre. O fato ocorreu no bairro Capão Grande em Várzea Grande.
As cartinhas que o teve acesso com exclusividade, evidenciam o grande impacto psicológico que a criança teve ao ser abusada sexualmente pelo homem.
Em uma mescla de desenhos inocentes e letras ainda de uma pessoa em formação ortográfica, palavras e dizeres que destoam com a idade da vítima, inclusive, ameaças de morte a própria mãe.
"Valdeci eu te amo, só que a mãe também. Por isso eu te traí, mas eu nunca vou deixar de 'tranzar' com você porque você é (...) e no dia que você se negar de novo para mim eu mato você e a mãe."
Em outra carta a menina relata um dia em que o padastro descobriu que ela foi com outro homem a um motel.
"Eu gosto muito do Valdeci só que ele não me quer mais depois que descobriu que eu fui no motel com o Carlos 'P****' no motel. Eu tenho 'serteza' que foi aquela velha chata que falou pra ele que eu estava saindo de casa, mais já aproveitei muito aquele gostoso (SIC)."
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Caso Capão Grande
Na última terça, após moradores da comunidade do Capão Redondo descobrirem que o suspeito abusava sexualmente da irmã da menina que sofre de transtornos mentais, o suspeito passou a ser ameaçado de morte por criminosos que se declaravam integrantes da facção criminosa Comando Vermelho (CV).
Desesperado com as ameaças, o homem teria se trancado no banheiro da casa e cravado uma faca em seu peito na intenção de tirar a vida.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e o homem encaminhado ao Pronto-Socorro de Várzea Grande (PSVG). Ele recebeu alta ontem (18).
Durante checagem, foi constatado que o suspeito tem um mandado de prisão em aberto por estupro no Mato Grosso do Sul e Pará. As cidades onde os crimes ocorreram não foram divulgada.
Segundo fontes extraoficiais, a mãe da criança supostamente abusada, seria conivente com os estupros e até mesmo participava dos abusos.
O caso é investigado pela Polícia Judiciária Civil (PJC).
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