A manutenção da prisão de Pedro Eugênio Gomes Procópio da Silva, dono da empresa Fênix DTVM, está preocupando sócios e ex-sócios do empresário. Ele, que foi alvo da Polícia Federal, está detido no Centro de Ressocialização Industrial Ahmenon Lemos Dantas, em Várzea Grande.
Os advogados de Pedro Eugênio ainda não tiveram acesso aos detalhes do processo da Operação Bruciatto II, que investiga lavagem de dinheiro e extração ilegal de ouro na Terra Indígena do povo Kayapó, no Pará. O ouro era retirado da terra indígena e levado para Cuiabá, de onde era exportado para a Europa, principalmente para a Itália.
Pedro Eugênio já atuou como um dos representantes do Instituto Somos do Minério, que visava melhorar a imagem de um grupo de empresários da mineração do Estado.
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A prisão de Eugênio supreende a elite econômica e política do Estado. Para se ter uma ideia dos lugares em que o minerador transitava, basta lembrar que ele foi recebido, por exemplo, no Palácio Paiaguás, e posou para fotos ao lado do governador do Estado, Mauro Mendes (União Brasil).
Dias na prisão
Pedro Eugênio está preso desde quarta-feira (11.09), quando foi detido pela Polícia Federal em cumprimento a mandado de prisão. Informações recebidas pela reportagem do indicam que ele está encarcerado em uma cela separada, sem contato com os demais detentos.
Sem ser muito conhecido pela gentileza, o empresário é mais lembrado pelo tom arrogante com que trata alguns funcionários do presídio. Nos corredores, ele não hesita em comentar que é amigo de grandes figuras da polícia mato-grossense, mencionando nome e sobrenome.
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