A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira (06.10) em Mato Grosso e nos Estados do Pará e Santa Catarina, a Operação SOS Jamanxim para combater o desmatamento ilegal na Amazônia, especificamente na Flona do Jamanxim (unidade de conservação) com uma área total de mais de 1.300.000 hectares, localizada no município de Novo Progresso, localizado no Estado do Pará.
Segundo as investigações, imagens de satélite flagraram que a organização criminosa desmatou mais de 30 mil hectares de floresta, que equivalem a 30 mil campos de futebol. Os laudos demonstram que cerca de 16 mil hectares desmatados estão localizados dentro da Flona do Jamanxim, acumulando desde a sua criação mais de 160 mil hectares de floresta devastada.
Conforme a PF, a quadrilha invadia terras públicas da União, fazem o corte seletivo da madeira economicamente viável e depois suprimem toda a vegetação, inclusive, com uso de fogo, para plantio de pasto e criação de gado.
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Na operação de hoje, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão no município de Sinop (a 503 km de Cuiabá), sendo apreendido três carros de luxo, três celulares e documentos. Ao todo, agentes estão cumprindo 22 ordens judiciais, sendo quatro de prisão temporária, 18 de busca e apreensão expedidos pela Justiça Federal, Subseção Judiciária de Itaituba.
“Houve ainda o decreto de sequestro/bloqueios de bens até o valor de R$ 310.884.869,19, visando a reparação do dano ambiental, conforme valores quantificados em laudos periciais", diz trecho da nota.
Os crimes investigados são associação criminosa, desmatamento em unidades de conservação e/ou terras públicas, usurpação de terras públicas, produção de documentos falsos e uso de documentos falsos, todos crimes descritos no Código Penal Brasileiro e na Lei Ambiental, com penas superiores a 20 anos de reclusão.
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