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Polícia Segunda-feira, 18 de Novembro de 2019, 15:52 - A | A

Segunda-feira, 18 de Novembro de 2019, 15h:52 - A | A

NESTA SEGUNDA (18)

Jarbas coloca tornozeleira eletrônica; "nomeado no cargo para proteger organização criminosa", dizem delegadas

Izabella Araújo/VG Notícias

VG Notícias

Jarbas

Roger Jarbas não quis falar com a imprensa

O ex-secretário de Segurança Pública de Mato Grosso, delegado Rogers Jarbas, 45 anos, esteve na tarde desta segunda-feira (18.11) no Fórum de Cuiabá para colocar tornozeleira eletrônica.

O juiz da 7° Vara Criminal de Cuiabá, Jorge Tadeu Rodrigues, determinou que o delegado use o monitoramento e o proibiu de se aproximar dos investigados na “Grampolândia Pantaneira”. Jarbas chegou sozinho ao Fórum da Capital, e limitou-se a dizer: "a verdade vem à tona". 

A investigação da Polícia Civil aponta que o ex-secretário de Estado de Segurança Pública, no mínimo, a cada 11 dias em média, cometeu uma ação obstruindo o andamento das investigações. 

O apontamento consta no pedido de prisão requerido pelas delegadas Ana Cristina Feldner e Jannira Laranjeira, mas que foi indeferido sendo aplicado medidas cautelares. No documento, elas afirmam que Rogers foi nomeado no cargo de secretário de Estado exclusivamente para proteger e defender os interesses da suposta organização criminosa responsável pelos grampos ilegais.

“Assim, no interstício de quando assumiu o cargo (29.03.2016) até a denúncia ter sido veiculada no Programa Fantástico (14.05.2017), cerca de 1 ano, o suspeito Rogers Jarbas teria praticado diversas condutas com o propósito de garantir a manutenção da organização criminosa. Dentro os atos praticados, visando resguardar eventuais atuações que contrariassem os interesses da Orcrim, percebe-se atos com caráter intimidatório e de demonstração de poder em desfavor particularmente dos profissionais, delegados de polícia, que tivessem ligação com a gestão do denunciante Mauro Zaque”, diz trecho extraído do documento.

Segundo as delegadas, Jarbas tentou atrapalhar as investigações por diversas vezes sem se importar com as consequências jurídicas. “Verifica-se que Rogers Jarbas cometeu atualmente, (do mês de maio até outubro) no mínimo, a cada 11 dias em média uma ação obstruindo o andamento das investigações, pois as investigações reiniciaram em maio deste ano, tornando-se praticamente impossível aprofundar e concluir as investigações relativas à organização criminosa”, diz outro trecho do documento.

As delegadas destacam que o prejuízo causado por Rogers nas investigações vai muito além do enorme tempo despedido para contê-las.

“Chegando ao ponto de comprometer o final desta investigação, pois atualmente há poucos delegados aptos para realizar este trabalho, pois vários já foram arrolados como testemunha de defesa do mesmo, várias dezenas participaram da fatídica marcha ao Tribunal de Justiça; e a grande maioria recusa esta investigação, não querendo indispor com os colegas, sendo que tal dificuldade de nomeação foi constatada pela diretoria antiga e pela atual, vez que os delegados ou foram recrutados por Rogers e Gustavo Garcia ou temem se envolver neste imbróglio”.

No procedimento, Ana Cristina Feldner e Jannira Laranjeira apontaram a natureza controladora de Rogers narrando que ele possui inclusive câmeras de segurança no banheiro de sua residência. “Toda residência do suspeito é coberta por câmeras, inclusive seu banheiro de uso pessoal e de sua esposa, bem como de seus filhos menores, o que revela características de sua personalidade controladora”.

Ao final, elas apontam: “Percebemos que em liberdade, além de coagir pessoas ligadas à investigação, tumultua com reintegradas tentativas de ataques na imprensa à reputação dos investigadores, tenta destruir prova e ainda realiza recrutamento de agentes públicos para ter conhecimento das investigações”, diz trecho do pedido de prisão. 

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