A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (04.12) a Operação Ybyrá para combater a ação de uma organização criminosa que atuava no processo de extração ilegal de aroeira na região da Terra Indígena Sararé localizada no município de Conquista D'Oeste (a 571 km de Cuiabá). Na operação três índios foram presos.
De acordo com a PF, estão sendo cumpridos 25 ordens judiciais expedidos pela Justiça Federal de Cáceres, sendo 12 mandados de prisão e 13 mandados de busca e apreensão nas cidades de Nova Lacerda e Conquista D’Oeste.
Conforme a Polícia, o foco da operação é prender indígenas, madeireiros acusados de participar do esquema. Uma grande propriedade rural também é alvo de apreensão por ter adquirida madeira oriunda da reserva indígena.
A investigação apontou a participação de lideranças indígenas na estrutura da organização, uma vez que os índios envolvidos permitiam a exploração da reserva em troca de pagamentos periódicos ou outros benefícios.
Entenda – A Polícia Federal informou as investigações iniciaram a partir de 2017 após uma prisão em flagrante realizada em uma ação de fiscalização de terra indígena. As fiscalizações visavam coibir a prática de crimes ambientais no interior das reservas e são coordenadas pela Fundação Nacional do Índio (Funai), contando com o apoio do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e de forças policiais.
O foco da exploração ambiental investigada na operação foi a extração da aroeira, espécie que tem o corte proibido em floresta primária desde 1991 por uma portaria normativa expedida pelo Ibama.
Os presos estão sendo conduzidos para a Delegacia de Polícia Federal em Cáceres onde serão ouvidos e encaminhados à cadeia local.
No período da investigação foi realizada uma das apreensões foram apreendidas mais de 1,2 mil lascas de aroeira avaliadas em mais de R$ 50 mil.
A operação tenta também identificar outras pessoas responsáveis pela aquisição da aroeira, as quais serão indiciadas pelo crime ambiental e pela organização criminosa, bem como os imóveis serão apreendidos para ressarcimento ambiental.
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