A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira (12.04), no âmbito do programa Guardiões do Bioma, a Operação Escudo de Palha nos Estados de Mato Grosso e Goiás com objetivo de investigar extração ilegal de madeira em terra indígena.
De acordo com a PF, as investigações iniciaram em fevereiro de 2022, após denúncia recebida pela Coordenação Regional da Funai de Cuiabá, relacionada à extração ilegal de madeira na Terra Indígena Menkragnoti, nas proximidades da aldeia Kororoti, no município de Peixoto de Azevedo.
Consta da denúncia, que nas proximidades da aldeia, havia cerca de 2.000 metros cúbicos de madeiras cortadas e prontas para serem retiradas da Terra Indígena; e que os madeireiros de Peixoto de Azevedo teriam cooptado as lideranças indígenas da aldeia Kororoti, ofertando cerca de R$ 70.000,00 para a retirada dessa madeira.
Com base na denúncia, no mesmo mês, foi realizada uma ação conjunta entre Polícia Federal, SEMA, IBAMA, PM e DEMA que se deslocaram até o local e detectaram, após sobrevoo de helicóptero, a veracidade da denúncia sobre desmatamento e a existência de madeiras cortadas. Na ocasião, dentro da Terra Indígena e nos seus arredores, foram realizadas apreensões de arma e veículos pelo IBAMA.
Devido às condições de conservação dos veículos, associado ao fato dos locais em que foram encontrados serem de difícil acesso e com a finalidade de cessar o crime ambiental, os mesmos foram inutilizados. Visando dar continuidade às investigações, face aos elementos colhidos na ação conjunta, a Polícia Federal representou pela expedição de mandados de busca e apreensão contra os possíveis participantes dos crimes, dentre eles madeireiros e uma liderança indígena.
Foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão, expedidos pela 1ª Vara Federal da Subseção Judiciária de Sinop, nas cidades de Matupá, Guarantã do Norte e Peixoto de Azevedo, no Estado de Mato Grosso, além da cidade de Iporá (Goiás).
Os investigados podem responder pelos crimes ambientais de desmatamento e óbice a ação fiscalizadora do Poder Público, com penas de até 4 anos de reclusão e 3 anos de detenção, respectivamente, e associação criminosa, com pena de até 3 anos de reclusão, dentre outros crimes. (Com informações da Polícia Federal).
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