O general da reserva Braga Netto, que atuou como ex-ministro da Casa Civil e da Defesa durante o governo Jair Bolsonaro (PL), foi preso na manhã deste sábado (14.12) pela Polícia Federal, no seu apartamento em Copacabana, no Rio de Janeiro. Ele ficará sob custódia do Exército.
O mandado de prisão preventiva foi expedido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, no âmbito do inquérito que investiga a tentativa de golpe de Estado. Além disso, foi expedido mandado de busca e apreensão na casa do ex-ministro.
Moraes ainda expediu outros dois mandados de busca e apreensão e uma medida cautelar contra "indivíduos que estariam atrapalhando a livre produção de provas". Um destes alvos é o assessor de Braga Netto, apontando como a pessoa que guardou o plano "Lula não sobe a rampa", o coronel do Exército Flávio Peregrino.
A investigação
A investigação da Polícia Federal aponta Braga Netto como chefe do grupo que planejou a intervenção militar. Ele teria aprovado e financiado um plano para matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), seu vice Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do Supremo, Alexandre de Moraes. O general foi um dos 37 indiciados pela PF, juntamente com Jair Bolsonaro.
Os investigados foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do estado democrático de direito, tentativa de golpe de Estado e organização criminosa.
Braga Netto foi ministro de Jair Bolsonaro, que seria o beneficiário final do golpe. O militar também concorreu a vice-presidente na chapa de Bolsonaro e era apontado como um dos aliados mais fiéis do ex-presidente.
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