A vida de Emily Bispo da Cruz foi encerrada nessa quinta-feira (16.03), aos 20 anos, pelo seu ex-namorado, Antônio Aluízio da Conceição Maciano, que não aceitava o fim do relacionamento. Sem mãe, e com pai ausente, Emily nunca teve ninguém para apoiá-la a denunciar o relacionamento abusivo que tinha com o assassino.
Emily criava seu filho, de três anos, sozinha e morreu na frente dele, suplicando por ajuda! Os depoimentos apontam que os vizinhos ouviram os gritos dela: “Alguém me ajuda, alguém me ajuda”. Um dos vizinhos de Emily relata que chegou a ver as primeiras facadas deferidas, mas ficou sem reação, já que estava com sua filha de um ano no colo. Então. Ele conta que entrou e gritou para sua esposa que era amiga de Emily: “Chama a polícia, o cara tá matando sua amiga”.
Ainda, segundo depoimentos, ferida, Emily implorava para alguém chamar uma ambulância. “Chama a ambulância, chama o SAMU, chama o carro”, foram as últimas palavras de Emily, já com dificuldades para respeitar, em busca pela vida.
Relacionamento abusivo - Conforme uma amiga de Emily, a vítima contou que conheceu o assassino em abril do ano passado, mas nunca chegou a contar a respeito das idas e vindas que teve com ele.
A amiga, que também era vizinha de Emily, relata que quando conheceu a vítima ela já não estava mais ficando com o suspeito e, no mês de janeiro do corrente ano, a vítima pediu para dormir na quitinete dela dizendo estar com medo dele. “Ela contou que certa vez o suspeito espancou ela, trancou ela em casa porque viu mensagens do celular dela. Ela também contou viver com medo, sempre trancava o portão da casa e da frente do terreno das quitinetes e era constantemente ameaçada de morte pelo suspeito”, relatou.
Ainda, segundo ela, a vítima contou que foi agredida fisicamente o ano passado, enquanto estava na casa do suspeito e somente conseguiu sair da casa dele durante a madrugada. A amiga diz acreditar que a vítima não registrou ocorrência, pois, ela era sozinha, não tinha mãe (falecida), o pai não era presente, então ela não tinha ninguém que incentivasse a procurar os seus direitos.
Bloqueado por Emily, o suspeito usava mensagens via PIX para ameaçá-la, conforme relatou a amiga à polícia. “Ela não queria mais ficar com o suspeito, porque ele a agrediu devido a mensagens que viu no celular dela e porque dizia que ia matar ela e o filho dela. O suspeito continuava insistindo, mandava mensagens de ameaça, mandava PI acompanhado de ameaça (ao mandar o PI é possível escrever algo no envio) e dizia que não queria que ela namorasse outras pessoas”.
A vítima ainda teria confidenciado a amiga, que era agredida e ameaçada de morte porque o suspeito era muito ciumento, possessivo, sempre que via mensagens no celular dela, mas, ao mesmo tempo, ele dizia que não queria namorar a vítima porque ela tinha filho e não queria assumir a responsabilidade. “A intenção dele era continuar ficando com a vítima, mas sem ter algo sério”, destacou a amiga.
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