Diretor do Hospital Regional de Cáceres (225 km ao oeste de Cuiabá), Onair Nogueira, é um dos presos na Operação Panaceia, da Polícia Federal, que investiga o desvio de recursos públicos do Sistema Único de Saúde (SUS) desde a pandemia da covid-19. Empresa envolvida no esquema recebeu R$ 55 milhões até agosto deste ano.
Além de Onair, a secretária-adjunta da Secretaria de Estado de Saúde (SES), Caroline Campos Dobes Conturbia Neves, teria sido alvo da Polícia Federal. As informações são dos sites G1 e RD News, e foram confirmadas pela reportagem do .
A PF cumpre 15 mandados de busca, uma prisão temporária, afastamento de dois servidores públicos e o bloqueio de R$ 5,5 milhões.
Caroline foi alvo da Operação Espelhos, da Polícia Civil, no último ano, que também investigou fraudes e desvios de recursos da Saúde no período da pandemia. Ela chegou a ser denunciada pelo MPE, mas a Justiça recusou duas vezes o ato.
Dessa vez, o grupo é investigado por associação criminosa que resultou no desvio de verba. O esquema foi descoberto durante auditoria da CGU que apontou as irregularidades nas contratações do hospital.
As fraudes tiveram início durante a pandemia de COVID-19, quando servidores públicos e agentes privados se associaram para direcionar recursos da saúde a um grupo fechado de empresas, cujos sócios possuem ligação entre si, prejudicando a participação de outros interessados.
Antes mesmo da assinatura dos contratos, a Procuradoria Geral do Estado de Mato Grosso (PGE) emitiu parecer alertando as irregularidades aos servidores públicos envolvidos, mas as contratações prosseguiram normalmente.
A soma dos recursos federais destinados às empresas do grupo empresarial envolvido nas apurações totalizou cerca de R$ 55 milhões até agosto de 2024, com maior concentração no período de pandemia.
De acordo com a Secretaria de Saúde de Mato Grosso (SES/MT), o Hospital Regional de Cáceres atua como referência para 23 municípios, atendendo uma população de aproximadamente 400 mil habitantes. (Com assessoria)
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