O delegado-corregedor da Polícia Civil, Marcelo Felisbino, afirmou nesta quarta-feira (30.11) que a Corregedoria já possui muitas informações sobre a conduta do delegado Bruno França Ferreira e que espera até o fim desta semana chegar a conclusão da apuração preliminar para poder instaurar ou não procedimento administrativo contra o servidor.
Bruno França aparece em gravação de vídeo invadindo e ameaçando de dar um tiro na cabeça de Fabíola Cássia Garcia Nunes, 41 anos, e sua família, inclusive uma criança de 4 anos. O fato ocorreu na noite da última segunda-feira (28.11) no Condomínio de Luxo Florais dos Lagos.
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Aos jornalistas, o delegado-corregedor Marcelo Felisbino revelou que ainda não analisou com detalhes as imagens em que mostra a conduta de Bruno, mas que por meio da cooperação de delegacias que tem procedimento sobre o caso, já foi efetuado a coleta de várias informações e que esse material será processado.
Ele explicou que nenhuma das vítimas apresentou representação formal contra o delegado Bruno em relação a sua conduta e que a apuração preliminar da Corregedoria foi instaurada mediante a grande repercussão dos fatos na mídia. "Nós estamos trabalhando diante dos fatos que surgiram na data de ontem, inclusive com registro de boletim de ocorrência, sendo instaurado procedimento preliminar para estarmos buscando maiores elementos referente aos fatos que estão sendo mostrado à sociedade”, declarou.
Segundo ele, o primeiro passo será apurar uma suposta conduta indevida do delegado, para que possa ser instaurado procedimento forma [procedimento administrativo] que pode resultar em eventual punição caso seja confirmado que Bruno agiu de forma indevida.
“A primeira coisa que iremos fazer é buscar a responsabilidade. Se ele [Bruno] teve responsabilidade. Se foi atribuído ele alguma ação imprópria dentro das condutas na ação. Tendo indício, vai ser instaurado um procedimento forma, que é no caso de procedimento administrativo, e partir vai ter a responsabilização dele pelos seus atos podendo chegar algum tipo de punição”, explicou.
O delegado-corregedor relatou que será apurado a legalidade da ação do servidor em relação ao descumprimento de medida protetiva praticado por Fabíola Cássia Garcia, pelo fato do delegado estar lotado em Sorriso, assim como saber se realmente houve o descumprimento da medida por parte de Fabíola.
Além disso, será verificado a atuação dos policiais da Gerência de Operações Especiais (GOE), e a forma que eles foram acionados pelo delegado Bruno França. “Nós vamos avaliar atuação dos policiais do GOE presente. Vamos apurar como foi a conduta, a forma que eles agiram no local e também a forma que eles foram acionados”, relatou. “Mas, ainda está muito no início para termos alguma resposta sobre esse caso”, acrescentou.
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