Duas grandes organizações criminosas disputavam o jogo do bicho em Mato Grosso, é o que apontou a investigação da Delegacia Fazendária e do Grupo de Combate ao Crime Organizado (GCCO).
De acordo com o delegado da Defaz, Luiz Henrique Damasceno, João Arcanjo e o genro Giovanni Zem, da Colibri, disputavam com Frederico Muller Coutinho, proprietário da FMC Elo.
A disputa, ainda segundo o delegado, de certa forma era pessoal. Recentemente, Melo recebeu título de Comendador pela Câmara Municipal de Cuiabá. “Estavam brigando entre eles”.
Uma terceira organização que tentou entrar no Estado, no município de Juara, foi impedida e o líder do esquema chegou a ser sequestrado e ameaçado.
“Dois homens do Arcanjo estiveram no hotel que o suspeito estava. Naquele modus operandis: “Policia, joga no chão, leva pro mato, e apresente as maquininhas, obrigando o cara não implantar a concorrência. O suspeito era de Rondônia”, explicou o delegado.
Busca e apreensões: Durante a prisão de Arcanjo em sua residência na manhã desta quarta-feira (29.05), policiais apreenderam quase R$ 200 mil reais em espécie. O advogado do bicheiro chegou a afirmar que eram para as despesas pessoais de Arcanjo.
No quarto do genro, Giovanni, foram apreendidas anotações do jogo do bicho.
O estacionamento de Arcanjo na avenida do CPA, e o hotel Colibri em Tangará da Serra também foram revistados pela Polícia Judiciária Civil.
Dinheiro: As investigações apontam que Arcanjo mandou cerca de R$ 500 mil para o filho Arcanjo Filho e a ex-mulher que moram no Uruguai. “Era uma espécie de pensão”, informa.
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