A Polícia Civil prendeu na madrugada desta terça-feira (08.07) o caseiro Anastácio Marafon, 53 anos, suspeito de assassinar o ex-secretário de Infraestrutura de Mato Grosso, Vilceu Marchetti.
Segundo a Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), o caseiro confessou ter matado Marchetti porque ele teria "passado a mão nas nádegas" de sua esposa.
Descontente com o fato, o homem teria pegado uma arma e seguido em direção a fazenda para tirar satisfações com o ex-secretário. Na propriedade, o suspeito efetuou três disparos contra a vítima, atingindo dois tiros na cabeça. Marchetti foi assassinado quando estava deitado em sua cama. Após matar o ex-secretário, o caseiro jogou a arma em um rio nos fundos da casa e depois aguardou a chegada da polícia.
Diante da confissão, Anastácio foi preso e levado para a delegacia de Santo Antonio do Leverger.
Anastácio Marafon é funcionário da Fazenda Mar Azul, o qual o ex-secretário havia arrendado. Ele havia começado a trabalhar recentemente na fazenda juntamente com sua esposa.
Depoimento do caseiro - O suspeito, Anastásio Marafon, 53 anos, confessou o homicídio e disse que o ex-secretário assediou sexualmente sua esposa. O administrador foi preso na fazenda durante as investigações iniciadas na noite de segunda-feira (07.07), pela Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção a Pessoa (DHPP) , Delegacia de Santo Antônio de Leverger (34 km ao Sul) com apoio operacional de policiais militares.
Segundo o autor, a arma usada no crime, um revólver calibre 38, foi jogado em um rio, na própria fazenda, e está sendo procurada pelo Corpo de Bombeiros acompanhado de uma equipe policial da DHPP.
Em entrevista, o delegado titular da DHPP, Silas Tadeu Caldeira, informou que Marchetti foi morto dentro do quarto e encontrado em cima da cama. O delegado explicou como ocorreu o crime e contou que à tarde, por volta das 16 horas, o suspeito estava no mangueiral com a vítima e ambos trabalharam até as 18 horas, vacinando o gado. Depois retornaram à fazenda. "Chegando a sede da fazenda, existe uma casa, onde fica os peões e aproximadamente de 6 a 7 metros dois apartamentos conjugados, o qual um fica o proprietário da fazenda e outro o Marchetti. Chegando ali a vítima entrou num dos apartamentos e quando o suspeito ia descendo do carro viu o Marchetti passar a mão nas nádegas da esposa", detalhou o delegado.
Conforme o interrogatório, o administrador teria ficado revoltado com a situação e indagou a esposa se ela estaria sendo assediada pela vítima. "Ela, inicialmente negou e posteriormente confessou. Ele deu um tapa na mesa muito exaltado e saiu em direção ao apartamento, onde estaria Marchetti deitado. Quando ele (o suspeito) se aproximou, somente disse 'você está mexendo com minha mulher' e após isso já disparou", contou Silas Tadeu Caldeira. "Diz ele que estava muito abalado e não sabe se foram dois ou três disparos, mas confirma que foi ele que atirou", finalizou o delegado.
Ainda no interrogatório, o administrador alegou que não conhecia a vítima e nem seu histórico de vida. O casal pivô do crime trabalha há mais de 6 anos com o proprietário da fazenda, no Estado de Santa Catarina, e estava há menos de 10 dias em Mato Grosso para administrar a fazenda no lugar do ex-secretário Vilceu Marchetti, que não aparece como dono do imóvel rural e sim administrador até então.
As investigações são conduzidas pelos delegados da DHPP Anaide Barros e Walfrido do Nascimento, que estiveram na propriedade até a madrugada desta terça-feira (08.07), colhendo elementos para o esclarecimento da autoria do homicídio e hoje pela manhã lavraram o auto de prisão em flagrante, pelo crime de homicídio. "O que fizemos ontem e hoje foi o trabalho de autuação pelos elementos que encontramos ali e todos os elementos colhidos são indicativos dessa autoria", disse o delegado Walfrido do Nascimento.
O inquérito policial será finalizado em 10 dias pelo delegado Sidney Caetano de Paiva, da Delegacia de Santo Antônio de Leverger, que responde por Barão do Melgaço, circunscrição do crime. O preso responderá por homicídio.
O preso ficará recolhido em uma unidade prisional da Capital, assim que for disponibilizada vaga pelo Sistema Prisional.
Foto: PM
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