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Polícia Sexta-feira, 17 de Março de 2023, 13:53 - A | A

Sexta-feira, 17 de Março de 2023, 13h:53 - A | A

feminicídio

Assassino de ex-namorada premeditou crime e comprou passagem para fugir do Estado

O delegado conta que ele é natural do Estado do Pará, e havia comprado a passagem para o Estado dias antes do crime

Giovanna Bitencourt & Kleyton Agostinho/VGN

O delegado Hércules Batista Gonçalves, em entrevista coletiva nesta sexta-feira (17.08), na Delegacia Especializada em Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), em Cuiabá, disse que Antônio Aluízio da Conceição Maciano, assassino confesso da ex-namorada Emily Bispo da Cruz, planejou o crime e havia comprado passagem para fugir para o Estado do Pará.

Segundo o relato do assassino, ele teria matado a vítima pois ela gritou, com medo, e ele teria ficado com raiva. O delegado afirmou que o crime foi premeditado, desde o momento que Antônio pegou uma moto emprestada de um amigo, e aguardou a vítima sair de casa, visto conhecer a rotina de Emily. Ele explicou que foi efetuado, em média, de 15 golpes de faca.

“O crime não foi casual, ele premeditou. Pediu uma moto emprestada, esperou a vítima sair, pois já conhecia a rotina, ela saia diariamente na parte da manhã para deixar o filho na creche. Antônio ficou circulando e aguardando Emily sair da residência. Ele efetuou mais ou menos, 15 golpes de faca, sendo impiedoso. Ele alega que a matou porque ela gritou e ele ficou com raiva disso”, explicou.

Conforme informações, a polícia teria receio de Antônio fugir. O delegado contou que ele é natural do Estado do Pará, e havia comprado a passagem para voltar ao seu Estado dias antes do crime. “Encontramos registros que ele já havia adquirido uma passagem alguns dias atrás para o Estado do Pará, de onde ele é natural, então havia um receio que ele foragisse”, explicou.

O delegado contou que o relacionamento de Antônio e Emily era bastante conturbado, e a vítima vivia com medo pois era ameaçada constantemente pelo assassino. “O suspeito não se conformava com o fim do relacionamento, que era bastante conturbado, cheio de ameaças. Ficou comprovado no inquérito policial que ela era agredida, ameaçada e vivia com medo”, assegurou.

Também há informações dos familiares de que Emily já havia sido mantida em cárcere privado na casa de Antônio, e que ele também já havia invadido a casa da vítima.

Segundo relatos do assassino, o relacionamento deles havia começado no final de 2021, e eles haviam se separado duas vezes. O último rompimento teria ocorrido há cerca de 24 dias.

“Ele já havia invadido a quitinete que ela morava, os familiares relataram que ela já foi mantida em cárcere privado na casa dele. Eles não moravam juntos, ele morava na casa dele e ela na casa dela. O relacionamento, na versão dele, começou em torno de 1 ano, no final de 2021, eles já romperam duas vezes, e o último término se deu, aproximadamente, há 24 dias”, disse o delegado.

Hércules explicou que a vítima morava sozinha com o filho, e por isso, já chegou a pedir ajuda para amigos e vizinhos, e também passava a noite na casa de amigos por medo do agressor.

“A mãe da vítima já é falecida, o pai não é presente, ela vivia sozinha com o filho, que ficou sob os cuidados dos familiares. Ela já chegou, por diversas vezes, pedir proteção para amigos e amigas, e dormia na residência deles por medo do acusado. Infelizmente, não solicitou ocorrência e nenhum tipo de medida protetiva com urgência”, contou.

O delegado disse que o réu contou que está arrependido, mas, diante das ações, não é perceptível esse arrependimento. “Ele é um réu confesso, insensível, não demonstrou arrependimento. Ele diz que está arrependido, mas, nós percebemos que não está. Frio, calculista, premeditou o crime, ceifou a vida de uma mulher na presença do filho dela, provocando traumas, praticamente, irreversíveis na vida da criança”.

Ainda segundo ele, Antônio Aluízio se condenado pode responder por até 40 anos de prisão, e a pena irá aumentar 1/3 da metade, visto a gravidade da situação. “Ele vai responder entre 18 a 40 anos de prisão. Vale ressaltar que é um crime de feminicídio, praticado na presença de um filho, então ele tem a pena aumentada de 1/3 até a metade”, contou.

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