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Polícia Sábado, 09 de Março de 2024, 21:27 - A | A

Sábado, 09 de Março de 2024, 21h:27 - A | A

AGRESSÃO

Após festa de calouros, jovem é agredida por estudante de medicina em Cuiabá

Nas conversas, o agressor, identificado pelas iniciais R.C., pede desculpas para jovem

Edina Araújo & Gislaine Morais/VGN

Em entrevista exclusiva ao , na noite deste sábado (09.03), emocionada, a estudante de medicina, D.C., após usar sua página no Instagram (stories) para expor que foi agredida verbalmente e fisicamente pelo estudante de medicina, R.C, na madrugada de 18 de fevereiro, ela atendeu a equipe do e revelou o que passou nas mãos do agressor.

As agressões iniciaram durante a recepção de calouros da Universidade de Cuiabá - Unic. Ela hesitou em buscar a Justiça anteriormente, temendo represálias do agressor e o julgamento social. Entretanto, nessa sexta-feira (08.03), Dia Internacional da Mulher, encorajada pelo pai, ela se dirigiu à Delegacia, registrou um boletim de ocorrência - e solicitou uma medida protetiva contra o agressor. Embora já possua o botão do pânico, permanece apreensiva, dado que o suposto agressor reside próximo à universidade onde ela cursa medicina.

"Estava na festa de recepção dos calouros de medicina da Unic e havia convidado R., sem certeza de sua presença. Em um momento, ele me mandou mensagem, questionando onde eu estava. Informei que estava na festa, e ele sugeriu que eu fosse embora com ele. Recusei, pois estava com meu carro e contava com um amigo sóbrio para me levar para casa. Ao sairmos da festa, ele insistiu para que eu fosse com ele e logo começou a me ofender verbalmente. Insistiu para que o acompanhasse, e acabamos entrando em meu carro, com meu amigo ao volante, momento em que as agressões verbais intensificaram. Meu amigo interveio, pedindo que ele parasse. Ao parar meu carro em frente ao prédio dele, Rodrigo insistiu para que eu descesse e conversássemos, acabei aceitando", contou.

Ela prosegue: "Diante da insistência, e não acreditando que sofreria agressões físicas, pois nunca imaginei que ele seria capaz, desci, mesmo alcoolizada, para ir ao seu apartamento. Meu amigo ainda me questionou se eu deveria ficar, eu disse que sim. Já na entrada, ele me pressionou a andar mais rápido e me puxou pelo braço. Chegando ao apartamento, sugeriu irmos ao seu quarto, alegando a presença da irmã em casa. Entrei de botas, o que o irritou. Após tirá-las, ele, visivelmente perturbado, iniciou uma série de agressões físicas, incluindo tapas, socos, mordidas e tentativas de estrangulamento. Em estado de choque, pedi água, mas ele se recusou a me atender e ordenou que dormisse que passaria. Permaneci imobilizada pelo medo até o amanhecer. Ao despertar, eu estava toda machucada e ele, abraçado a mim. Solicitei novamente água, e ele atendeu. Mantive a calma até conseguir sair do prédio e voltar para casa, onde me isolei e chorei durante todo o dia. Percebi a falta de uma pulseira e de meu relógio, esquecidos no apartamento dele."

Ela disse que após ir embora, entrou em contato com o agressor. "Entrei em contato via WhatsApp, enviando fotos das lesões. Ele pediu desculpas, alegando ter consumido uma bebida batizada. Continuei a comunicação em busca de evidências das agressões. A irmã dele me procurou, desacreditando minha história e afirmando não estar em casa naquela noite. Após conversar com meu pai, que questionou minha hesitação em denunciá-lo e me encorajou, dirigi-me à delegacia, registrei a ocorrência e realizei exames, que confirmaram os hematomas, apesar dos dias decorridos. Posteriormente à denúncia, ele ameaçou, em grupos de amigos, divulgar fotos íntimas nossas”, relatou a jovem ao .

Além de conceder entrevista ao , nas redes sociais, ela expôs diversas postagens, relatando o ocorrido. A jovem disse que achou que ninguém sabia dos fatos [agressões], até as fofocas começarem a colocar a culpa em outra pessoa, que seria seu ex-namorado. Segundo ela, a pessoa que estava sendo acusado nem estaria no evento. "E M. me desculpe pelo ocorrido. Apesar dos pesares, eu tenho muito respeito por você e os 4 anos que estivemos juntos, você nunca levantou o tom de voz para mim, então eu jamais vou aceitar que façam isso com você", escreveu.

A estudante expôs alguns prints de conversa com o agressor, e ainda disse que ele foi homem para bater nela, que fosse agora para escancarar o que teria feito com ela e com seu psicológico. Ela disse que tem ainda 6 anos de faculdade pela frente, e já o agressor está no internato. "Então acho muito injusto ele não agir como homem e levar a culpa para outra pessoa".

Em seguida, a estudante expõe fotos onde aparece com ferimentos no rosto. "Não tô aqui para me vitimizar, eu vim dar minha cara, literalmente aqui, porque eu não posso deixar uma pessoa como M. levar a culpa do que outra pessoa fez".

Nas conversas, o agressor, pede desculpas para jovem e diz que não sabe o que aconteceu. Ele ainda disse que demorou para falar com ela, pois não tinha cabeça para isso.

Trecho da conversa: "Só quero que você entenda que isso foi algo que nunca ocorreu antes, tipo nunca, estou tão assustado quanto você, estou decepcionado comigo por isso ter acontecido. Nunca tive nada contra você, inclusive é o contrário, sempre tive todos os motivos para querer o seu bem e é o que eu quero. É real, eu não lembro de nada. Queria lembrar para tentar entender, mas não consigo. A única coisa que quero é que você fique bem".

De acordo com o boletim de ocorrência (B.O) que o teve acesso, o fato ocorreu no dia 18 de fevereiro, mas ela somente registrou a ocorrência e solicitou medida protetiva nessa sexta-feira (08.03). A vítima relatou, que na madrugada do último dia 18 de fevereiro, às 03h11, foi agredida pelo autor dos fatos com fortes socos no rosto, onde a vítima pediu para que ele parasse, dizendo "Você está me machucando, não entendo porque está fazendo isso comigo", ao que o autor respondeu "Cala boca vagabunda" e deu tapas no rosto da vítima, a qual acabou entrando em choque. 

Outro lado - A reportagem do , entrou em contato com o suposto agressor pelo celular, mas ele não atendeu as ligações e até o fechamento da matéria não retornou. Porém, o espaço segue aberto para sua manifestação.

 

 

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