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Polícia Quarta-feira, 18 de Agosto de 2021, 11:52 - A | A

Quarta-feira, 18 de Agosto de 2021, 11h:52 - A | A

REDITUS

Advogado é preso na operação da PF que investiga esquemas de desvios bilionários na saúde

A prisão foi efetuada na casa do jurista, localizada no condomínio, San Matino, na rodovia Emanuel Pinheiro, "Estrada de Chapada"

Fernanda Renatè/VGN com PF

PF

reditus


A Polícia Federal prendeu o advogado L.A.M.J, no final da manhã desta quarta-feira (18.08), em meio à Operação Reditus, segunda fase da Operação SOS, para combater o desvio de recursos públicos na área da Saúde por meio da contratação de organizações sociais para gestão de hospitais públicos no estado do Pará.

A prisão foi efetuada na casa do jurista, localizada no condomínio San Matino, na rodovia Emanuel Pinheiro, 'Estrada de Chapada'. 

O suspeito seria sócio de uma das empresas envolvidas no esquema de fraudes e desvios de verbas bilionárias da saúde.

Leandro deve prestar esclarecimentos à Polícia Federal ainda nesta quarta-feira.

Operação Reditus

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira (18) a Operação Reditus, segunda fase da Operação SOS, para combater o desvio de recursos públicos na área da Saúde por meio da contratação de organizações sociais para gestão de hospitais públicos no Estado do Pará.

O objetivo principal desta fase é esclarecer fatos relacionados aos crimes de organização criminosa e lavagem de capitais apontados no decorrer das apurações.

Cerca de 400 policiais federais, além de servidores da Receita Federal e da Controladoria-Geral da União, cumprem 95 mandados de busca e apreensão, 54 mandados de prisão temporária e seis mandados de prisão preventiva, expedidos pela 4ª Vara Federal Criminal, nos Estados do Pará, São Paulo, Goiás, Ceará, Amazonas, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Mato Grosso.

Os contratos investigados ultrapassam R$ 1,2 bilhão e envolvem quatro organizações sociais, cinco hospitais regionais e quatro hospitais de campanha montados para enfrentamento da pandemia do novo coronavírus (Covid-19).

De acordo com as investigações, o governo estadual efetuava repasses de verba às Organizações Sociais contratadas e estas subcontratavam outras empresas para prestarem serviços nas unidades de saúde geridas pelo grupo criminoso, prática conhecida como “quarteirização”.

Depois disso, os serviços subcontratados eram superfaturados ou nem sequer eram prestados, permitindo que a verba que deveria ser destinada à aquisição de bens ou serviços retornasse para os integrantes da organização criminosa por meio de um complexo esquema de lavagem de dinheiro.

Além dos mandados de busca e apreensão e prisão, foi determinada a suspensão das atividades de duas empresas utilizadas para lavagem de capitais, o sequestro de bens móveis e imóveis pertencentes ao principal operador financeiro do esquema, avaliados em mais de R$ 150 milhões, bem como o bloqueio de valores presentes nas contas bancárias das pessoas físicas e jurídicas investigadas que, somados podem alcançar mais de R$ 800 milhões.

 

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