O homem identificado pelas iniciais W.S.O., 36 anos, acusado de matar a facadas sua ex-mulher, Simone Antunes da Silva, 34 anos, se apresentou na Delegacia de Sinop (a 479 km de Cuiabá), nessa quinta-feira (12.10).
Conforme a advogada Lúcia de Souza, ela foi contatada pela família do suspeito e, em seguida, dirigiu-se à delegacia para informar que W.S. iria se entregar, fornecendo o local onde ele estaria.
Segundo Lúcia, o casal estava passando por um processo de dissolução de união estável e na semana anterior ao crime eles se encontraram em seu escritório. Na ocasião, Simone estava acompanhada de sua advogada, e após uma longa conversa, realizaram a partilha dos bens sem nenhum desentendimento. "Então não sei o que motivou", declarou.
Em entrevista à imprensa, a delegada responsável pelas investigações, Renata Evangelista, esclareceu que o crime foi testemunhado pelo filho da vítima e por funcionários da empresa. Renata explicou que o adolescente inicialmente acreditou que outra pessoa estava brigando com sua mãe e não imaginava que o agressor seria seu padrasto, a quem ele chamava de pai.
A delegada disse, ainda, que a empresária estava no carro quando W.S. chegou em uma motocicleta, desceu e entrou no veículo, esfaqueando brutalmente a ex-mulher.
“A vítima gritava, pedindo por socorro e com muita dor, e ele não parava. O filho tentou socorrê-la, tentou afastar o agressor e conseguiu fazê-lo usando as unhas, mas não antes que ele a esfaqueasse repetidamente. O suspeito ainda se voltou e ameaçou o próprio filho de morte, perguntando se ele também queria morrer”, relatou Renata.
A delegada citou ainda a ocorrência registrada por Simone no dia 14 setembro, a qual o teve acesso com exclusividade, onde a empresária havia solicitado medida protetiva. Leia matéria relacionada – Morta com 18 facadas pelo ex-marido, mulher tinha medida protetiva concedida há quase 1 mês
Nessa ocorrência, Simone mencionou ameaças, no entanto, após coletar depoimentos, a delegada descobriu que a vítima não havia fornecido todas as informações necessárias. Ela omitiu o fato de o suspeito já tê-la agredido e até tentado atropelá-la e ao filho com seu carro.
“Ela só solicitou a medida para um tipo de caso, mas se ela não tivesse omitido, poderíamos ter tomado uma providência diferente. Talvez fez isso por achar que ele pudesse melhorar e se redimir do que havia feito contra ela. Então, reitero que esse tipo de situação, onde houve briga, pedido de medida, perseguição, nunca é desacreditar na maldade alheia e nesse tipo de crime passional”, pontuou Renata.
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