A falta de prestação de contas 'põe em xeque' a administração dos mercados internos dos presídios, cuja receita deveria financiar pequenas obras e melhorias. No entanto, o relatório da Secretaria de Segurança Pública (Sesp) questiona a lisura na gestão desses valores, apontando suspeitas de sonegação fiscal, falta de transparência sobre a origem dos depósitos nas contas dos Conselhos da Comunidade — sem identificação dos depositantes — e ausência de fiscalização sobre os investimentos.
Além disso, o documento levanta dúvidas sobre a necessidade desses recursos para reformas, considerando que o sistema prisional já recebe verbas do Poder Judiciário e do Ministério Público para esse fim. O assunto tem sido pauta de muita polêmica entre Governo do Estado e parte do Judiciário de Mato Grosso.
O presidente da ALMT, deputado Max Russi (PSB), afirma que uma audiência será fundamental para aprofundar a discussão sobre os mercados nas unidades prisionais. Segundo ele, o debate precisa envolver todas as partes para garantir que a decisão final atenda aos interesses da população.
"Estamos esperando essa audiência para ampliar o debate e ouvir todos os atores envolvidos. Há uma discussão muito forte sobre o impacto dos mercadinhos nos presídios, se beneficiam ou não as facções criminosas, se garantem dignidade aos detentos. O parlamento é o local ideal para esse debate, e já foi convocado pelo deputado Eduardo Botelho (União). Esperamos um resultado satisfatório que contemple os interesses de todos os mato-grossenses", declarou Russi
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