A deputada Janaina Riva (MDB) fez um desabafo em suas redes sociais quanto as acusações contra o advogado Cleverson Campos Contó, 33 anos, acusado de estupro, agressões físicas e psicológicas, ameaças e lesões corporais.
Janaina diz que tinha o advogado como amigo, e alertou: “quem vê cara, não enxerga o coração”.
“Há dias a notícia das denúncias de várias vítimas que sofreram os mais diversos tipos de violência física, sexual e psicológica por parte de um advogado da capital, tem tirado a minha paz como mulher, como mãe de menina e como a única deputada estadual de Mato Grosso por dois mandatos seguidos, que tem como uma de suas bandeiras a defesa dos direitos da mulher. E eu resolvi fazer esse desabafo aqui, porque conheci o advogado e o tinha como um amigo. Mas com o coração apertado pelas vítimas, só posso dizer que quem vê cara, não enxerga o coração das pessoas” disse.
Conforme a deputada, que atualmente está de licença maternidade, ela tem recebido inúmeros relatos de mulheres, de suas histórias de violência, dor e de medo ao passarem por situações similares às que vieram à tona com a denúncia da Mariana Voditto e da Laryssa Moraes por parte do mesmo advogado.
Janaina disse que pediu para sua assessoria encaminhar o caso à Câmara Setorial Temática de Combate à Violência Contra a Mulher. “Como deputada quero dizer que à partir de hoje o meu gabinete vai acompanhar todo o processo e as denúncias realizadas até agora para que a justiça seja feita forma isenta e humanizada com todas as vítimas. Já pedi também à minha assessoria que o caso seja encaminhado à Câmara Setorial Temática de Combate à Violência Contra a Mulher para as membras tomem ciência e acompanhem de perto a situação”.
Ao finalizar, Janaina alerta: “Como mulher e mãe de menina, só posso lamentar que nos dias de hoje as mulheres vítimas de violência ainda tenham medo de denunciar seus agressores por receio do julgamento da sociedade e das manobras de descrédito ou desabono moral que no geral os agressores usam para ficar impunes e continuarem fazendo outras vítimas. Como cidadã eu quero falar para as mulheres sobre a importância de denunciarem atos de violência e buscar justiça. Vejam, depois que a Mariana e a Laryssa denunciaram, dezenas de mulheres, vítimas do mesmo agressor, se sentiram encorajadas a denunciar. A minha palavra de hoje é sororidade meninas. Não desabonem ou passem pano pra abusador sob qualquer justificativa. Ontem foram elas, hoje pode ser qualquer uma de nós e amanhã, nossas filhas. Pensem nisso!”
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