Após a primeira-dama do Estado, Virginia Mendes, dar um “puxão de orelha” publicamente no secretário de Assistência Social de Várzea Grande, Gustavo Duarte, na tarde de ontem (17.01), durante a cerimônia de entrega de casas populares em Cuiabá, na presença da prefeita Flávia Moretti (PL), ficou claro o recado: a relação do secretário com o casal Mendes não será nada fácil, e o município pode sair prejudicado. Nos bastidores, todos conhecem a fama de Virginia Mendes como uma perseguidora implacável – principalmente quando é contrariada ou alguém contraria seu esposo, o governador Mauro Mendes, ou algum membro de sua família. Isso ocorre mesmo quando as críticas são de natureza institucional, dirigidas ao governador no exercício de seu cargo, e não à sua vida privada, como parece ser o caso em questão.
O episódio revelou a animosidade da primeira-dama, que optou por repreender o secretário em público, demonstrando falta de urbanidade, respeito e até mesmo de educação. É importante ressaltar que as críticas não eram de natureza pessoal ou familiar, mas se referiam ao comportamento do gestor público – algo que qualquer cidadão tem o direito de questionar. Parece que a primeira-dama esquece que quem paga os salários e benefícios dos políticos é o próprio cidadão.
Não se trata aqui de defender o secretário, até porque ele não é o único alvo, mas sim de destacar o direito à liberdade de expressão, que está ameaçado em Mato Grosso enquanto o casal Mendes estiver no poder. Menos, primeira-dama, bem menos. Respeito e educação são valores fundamentais que devem ser preservados em qualquer circunstância, independentemente do cargo ou da posição ocupada. Nenhuma posição – seja a de governador, senador ou mesmo a de primeira-dama – concede prerrogativa para cercear o direito à liberdade de expressão ou agir com desrespeito em público. Talvez fosse o caso de o próprio governador repreendê-la, afinal, a senhora não ocupa cargo público. Assuntos pessoais deveriam ser resolvidos no âmbito privado.
Nos bastidores, a reputação de Virginia Mendes como uma perseguidora implacável é amplamente comentada aos “pés dos ouvidos”. Curiosamente, parece que apenas a família do casal Mendes sente os efeitos das críticas, enquanto questões como perseguição à imprensa e a veículos de comunicação, ainda que por motivos triviais, são ignoradas. Estes, por não terem voz ou poder de queixa, sofrem em silêncio. A insensibilidade diante da dor causada a outros parece ser uma marca do casal. O ditado “um peso, duas medidas” se aplica perfeitamente ao caso.
É lamentável que o casal pareça valorizar apenas aplausos, elogios e bajulações. Felizmente, para os mato-grossenses, o poder é efêmero. Pense nisso, primeira-dama. Respeito e bondade não se limitam às redes sociais como estratégia para ganhar visibilidade e engajamento, uma hora, a máscara cai!
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