O governo do Mato Grosso tem reafirmado seu compromisso com a política de tolerância zero às invasões de áreas públicas ou privadas no Estado. Contudo, Mauro Carvalho (PRD), um dos principais aliados do governador Mauro Mendes e também suplente de senador, há 18 anos, se apossou de uma rua em Várzea Grande em benefício próprio, para a utilização de sua empresa.
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Essa ação desrespeita os princípios da propriedade pública, e ele tem resistido às exigências para sua devolução ao município. Apesar de enfrentar uma batalha judicial para evitar a devolução ou para pagar um valor insignificante pela continuidade de seu uso, o Ministério Público rejeitou tal proposta, defendendo que a rua pertence ao público e deve ser devolvida.
Carvalho, no entanto, tem resistido em devolver a rua, um bem público. A situação ressalta um tratamento diferenciado evidente, pois se fosse um cidadão comum, sem influência, a intervenção para reaver a propriedade já teria ocorrido, a exemplo do ocorreu na Ocupação Brasil 21, no Contorno Leste, em Cuiabá. A população também aguarda, nem que seja um estampido de traque para assustar Mauro Carvalho e fazê-lo devolver a rua. O prefeito de Várzea Grande, Kalil Baracat (MDB) vai construir a feira municipal próximo à rua, se ela continuar invadida, vai dificultar a vida dos cidadãos várzea-grandenses.
Esta realidade suscita questionamentos sobre a imparcialidade na aplicação da lei, evidenciando uma prática de um peso e duas medidas. A questão que se impõe é: até quando tal disparidade será aceita? É fundamental que haja equidade no tratamento legal para todos os cidadãos, sem concessões a privilégios.
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