A Procuradoria-Geral de Justiça (PGJ) de Mato Grosso tem se mantido alarmantemente silenciosa diante de várias ações polêmicas do governo estadual, gerando inquietação entre a população e membros do Ministério Público Estadual (MPE). Um dos exemplos mais notórios é o uso de um avião de UTI pelo governador para comparecer à festa de aniversário do fundador da JBS, em dezembro de 2023.
Mesmo após meses, nenhuma ação foi tomada pela PGJ. Além disso, o gasto exorbitante de R$ 50 milhões para a cobertura de um espaço de eventos no Parque Novo Mato Grosso não suscitou sequer um pedido de explicação por parte da Procuradoria.
Outro ponto controverso é a negociação do BRT (Bus Rapid Transit), que envolve um pedido de sigilo no Tribunal de Contas da União (TCU). A falta de transparência e a ausência de pronunciamentos da PGJ sobre esse assunto são motivos de preocupação crescente. Internamente, a situação é igualmente preocupante.
Há relatos de desavenças, inclusive discussão por meio da imprensa entre membros do MPE, incluindo disputas relacionadas à indicação para desembargador do Tribunal de Justiça pelo quinto constitucional. Esses conflitos, somados à falta de ação da PGJ, têm potencial para enfraquecer a instituição, que historicamente goza de alta credibilidade e confiança da população.
A inércia atual não é apenas um desserviço à transparência, mas também uma ameaça à credibilidade de uma das instituições mais respeitadas do Estado.
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