O ex-deputado Neri Geller pode ter dado um golpe fatal em seu projeto político em Mato Grosso. Saindo de um processo eleitoral desgastado por conta de um escândalo abuso de poder econômico, Geller se preparava para apoiar a candidatura do vice-governador Otaviano Pivetta ao governo de MT. No entanto, agora pode ser considerado uma persona non grata no grupo de Mauro Mendes e Pivetta.
O Governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) oficializou, nesta quarta-feira (12.06), a demissão de Neri Geller da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura. A decisão foi motivada pela anulação de um leilão de arroz em meio a suspeitas de conflito de interesse. Na terça-feira (11), o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, anunciou que Geller havia colocado o cargo à disposição devido às suspeitas de irregularidades na compra do produto. Contudo, o ex-secretário negou ter solicitado sua demissão.
No Diário Oficial da União (DOU), a exoneração indica que a decisão partiu do Governo. O ato, publicado pelo Ministro de Estado da Casa Civil da Presidência da República, determinou a exoneração de Neri Geller do cargo de Secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária, com efeito a partir de 11 de junho de 2024.
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A demissão de Geller marca um ponto crítico em sua carreira política e levanta questões sobre seu futuro dentro do grupo político liderado por Mendes e Pivetta. Em 2022, Geller já foi traído, segundo ele, pelo governador Mauro Mendes. Com mais este episódio em sua carreira política, ele pode ser alijado do processo de vez.
Em agosto de 2022, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cassou o mandato de deputado federal e candidato a senador de Mato Grosso, Neri Geller (PP), por suposto abuso de poder econômico nas eleições de 2018. Em dezembro de 2023, TSE formou maioria para reverter a decisão que cassou o ex-deputado Neri Geller (PP) e o tornou inelegível por oito anos.
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