A eleição da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) está passando por uma reviravolta inesperada. A pressão exercida pelo governador Mauro Mendes (União Brasil) e pela primeira-dama, Virginia Mendes, para excluir a deputada Janaina Riva (MDB) da Primeira-Secretaria irritou profundamente os colegas parlamentares, que agora estão decididos a enfrentar o governo com toda a força.
Essa movimentação ganhou força graças à articulação do deputado Wilson Santos e do ex-presidente da ALMT, deputado José Riva. No entanto, até mesmo a vaga de presidente da Assembleia, que parecia assegurada, está agora em jogo. O principal motivo de descontentamento foi a atitude da primeira-dama, que, audaciosamente, teria ligado de Ibiza, na Espanha, para cobrar, de forma grosseira, que o deputado Eduardo Botelho que não apoiasse Janaina Riva.
Os correligionários de Janaina, revoltados com a interferência do casal Mendes, decidiram se insurgir. O deputado Max Russi, que navegava em águas calmas como candidato à Presidência da Mesa Diretora, agora corre o risco de perder a vaga. Nos bastidores, já se articula uma chapa encabeçada pelo deputado Júlio Campos, juntamente com Wilson Santos e Janaina Riva.
A maior revolta entre os deputados, contudo, é em relação à pressão que Botelho vem sofrendo. Enquanto Max Russi, que é o candidato a presidente da Mesa Diretora e "protegido" da primeira-dama, permanecia na zona de conforto, Botelho vem carregando todo o peso das pressões sozinho. Além disso, segundo fontes, uma pesquisa qualitativa indicou que o apoio do casal Mendes não influencia a eleição de Botelho em Cuiabá, o que torna inadmissível, aos olhos dos deputados, a interferência de Virginia no processo de eleição da Mesa.
A tensão nos bastidores só aumenta, e o cenário da eleição da Mesa Diretora da ALMT está mais incerto do que nunca.
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