Após acusar os vereadores da Câmara de Várzea Grande de extorsão durante sua gestão — o que, segundo ele, o levou a renunciar, entregando o cargo ao então presidente da Câmara, Maninho de Barros, faltando 45 dias para o término do mandato —, o vice-prefeito eleito do município, Tião da Zaeli, mudou radicalmente o discurso. Ele negou ter tido qualquer problema com a Câmara, afirmando tratar-se apenas de "divergências". Em seguida, firmou acordo com os vereadores para definir o nome do próximo presidente da Câmara de Várzea Grande, entre os quais está Wanderley Cerqueira (MDB), que fazia parte da gestão anteriormente acusada de extorsão por Zaeli.
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Zaeli, em entrevista a um site da Capital, afirmou ter sido vítima de chantagem relacionada a uma dívida de R$ 4 milhões, que seria da gestão do então prefeito Nereu Botelho. No entanto, agora o discurso mudou, e o empresário diz nunca ter tido problemas com a Câmara. Ele também passou a articular, junto com o senador Jayme Campos (União), a composição da Mesa Diretora da Câmara, já que seu partido elegeu apenas três vereadores, enquanto a coligação do prefeito Kalil Baracat elegeu 20 vereadores.
Tião da Zaeli participou de um encontro na terça-feira (08), no escritório político do vereador eleito Wanderley Cerqueira, para definir a composição da Mesa Diretora e discutir a privatização do DAE com os parlamentares cooptados por ele. Na reunião, ficou definida a seguinte composição para a chapa: Wanderley Cerqueira como presidente; Bruno Rios (PL) como primeiro vice-presidente; Braz Jaciro (PSDB) como segundo vice-presidente; Rosy Prado (União) como primeira-secretária; e Carlinhos Figueiredo (Republicanos) como segundo-secretário.
Tião e a prefeita eleita, Flávia Moretti, atacaram a família Campos durante toda a campanha eleitoral, conquistando o voto dos eleitores que rejeitam o grupo político. No entanto, eles acabaram buscando o apoio do senador Jayme Campos (União Brasil) para formar a chapa e derrotar o grupo do deputado Fabinho, que já havia articulado para eleger a vereadora Gisa Barros (PSB), a terceira mais votada em Várzea Grande.
A pergunta que fica é: será que todo aquele discurso para tirar a família Campos do poder era apenas uma estratégia para se eleger e enganar a população várzea-grandense? Ou vale tudo pelo poder?
Veja vídeo.
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