A esperança da gestão pública de Várzea Grande é a nova Lei de Licitações, que pode possibilitar ao prefeito Kalil Baracat (MDB) acabar com os modus operandi que perduram no município há décadas. Em gestões passadas, a corrupção em licitações levou à cassação de dois prefeitos e até a uma renúncia de última hora.
Vale lembrar que, na gestão do ex-prefeito Murilo Domingos (falecido), houve muitos escândalos, um dos quais envolveu a empresa João Só. Quem não se lembra disso, quando cadeiras escolares foram compradas em uma padaria? Na gestão do ex-prefeito Wallace Guimarães, cassado por corrupção e atual pré-candidato a vereador pelo MDB, houve o escândalo denunciado pelo 
envolvendo a Construtora Carneiro e Carvalho, que, em seis meses, passou de sapataria da avenida Júlio Campos a construtora, vencendo uma licitação de R$ 10 milhões.
Na gestão da ex-prefeita Lucimar Campos, houve denúncia contra a Leão Marcondes Construções e uma empresa WN, que ganhou mais de 20 licitações no município e abandonou as obras. Outro fato que chama atenção e preocupa é que a empresa Impacto Construções Eireli, que teve o contrato rescindido pela Secretaria de Educação por suposta fraude em atestado de capacidade técnica, é a mesma que subcontratou a obra do parque na praça do bairro Jardim Glória II e e que em menos de dois meses, a estrutura de concreto de um balanço cedeu e caiu sobre a mão de uma criança, levando à amputação de dois dedos. A obra havia sido recém-inaugurada no final da gestão de Lucimar Campos.
Vale observar que práticas nada republicanas, como a falsificação de atestados de capacidade técnica profissional e operacional das empresas, continuam no município e não se restringem a um único gestor ou grupo político.
Com a nova lei de licitações, os pregoeiros terão que ser servidores efetivos. Quem sabe, assim, possa haver mais zelo e responsabilidade nas contratações, prezando pelos princípios norteadores da gestão pública.
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