O jogador de futebol da seleção brasileira Vinicius Jr. vai liderar o novo comitê antirracismo da Fifa (Federação Internacional de Futebol). O presidente da Fifa, Gianni Infantino, anunciou a novidade nesta quinta-feira (15). O atleta vem sofrendo uma série de episódios racistas jogando no Real Madrid.
Segundo Gianni Infantino informou à Reuters, jogadores que irão sugerir punições mais rigorosas para comportamentos discriminatórios no futebol vão formar o comitê. “Não vai mais existir racismo no futebol. Os jogos devem parar imediatamente quando isso acontecer”, disse o presidente.
Infantino também disse que, além de aplicar punições disciplinares, a Fifa também entrará com ações legais judiciárias contra os agressores que praticarem racismo. As declarações vieram após uma reunião de Gianni com Vinicius Jr. e a seleção brasileira, nesta quinta-feira.
Presidente da Fifa pede Vini Jr para liderar comitê
“Eu pedi ao Vinicius para liderar esse grupo de jogadores que apresentarão punições mais rígidas contra o racismo que serão posteriormente implementadas por todas as autoridades de futebol ao redor do mundo”, disse o presidente da Fifa.
“Precisamos ouvir os jogadores e o que eles precisam para trabalhar em um ambiente mais seguro. Levamos isso muito a sério. Vamos implementar punições muito duras para acabar de vez com o problema do racismo no futebol. Não podemos mais tolerar o racismo”, declarou.
A La Liga, campeonato espanhol em que o Real Madrid compete, vem sendo pressionada para combater o racismo depois do episódio que aconteceu com Vinicius em Valência. Gianni Infantino disse que devem ser tomadas medidas antirracistas globalmente.
“Infelizmente, o racismo não é um problema que existe apenas na Espanha. Existe em muitos, muitos outros países. É por isso que precisamos tomar medidas coletivas para combatê-lo em todo o mundo. Precisamos que os governos entendam que precisam educar as crianças na escola [sobre racismo]”.
Medidas competitivas para combater o racismo no futebol
O presidente da Fifa acrescentou que o racismo é um problema do futebol e também um problema social. “Precisamos parar os jogos, aplicar medidas disciplinares e competitivas e tudo isso precisa ser coordenado com as autoridades e governos locais. Ato de racismo é ato criminoso”.
“Precisamos da ajuda e apoio das autoridades porque os racistas precisam ser identificados, detidos e banidos para sempre de qualquer estádio do mundo. E não é só nos estádios, nas redes sociais também. Também é muito sério e precisa do mesmo castigo”, concluiu Gianni.
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