A crise está instalada em São Januário. Ontem, além da imprensa e da torcida, nem mesmo os sócios, que pagam mensalidades para frequentar o clube, puderam entrar na sede do Vasco. Do lado de dentro, apenas um treino regenerativo. A medida foi tomada para evitar novos protestos, mas não diminui a pressão sobre o grupo. Ainda respaldado pelo presidente Eurico Miranda, o técnico Doriva perde prestígio e já começa a ser contestado na Colina.
A sequência de nove jogos sem vitória — desde o título estadual são cinco empates e quatro derrotas — mudou a rotina do Vasco. Há uma semana os treinos têm sido fechados ao público e os jogadores foram proibidos de falar com a imprensa. A tranquilidade está longe de São Januário. Se do lado de fora os muros ao redor do estádio foram pichados com pedidos de respeito, dentro do clube a paciência com o rendimento da equipe também parece ter acabado.
Enquanto Eurico Miranda se mostra despreocupado com a situação do Vasco, penúltimo colocado do Brasileirão, Doriva, que chegou a pensar em pedir demissão após a derrota por 3 a 1 para o Cruzeiro, sabe que precisa de um bom resultado logo. A pressão na Colina é cada vez maior e o treinador pode não suportar um novo tropeço, sábado, contra o Sport, em Recife.
“Temos de levantar o astral. Nunca fui de desistir de nada na vida. Vou seguir no comando e mostrar que tenho caráter”, afirmou Doriva, após o jogo de sábado.
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