Reprodução / SporTV
Eu soube na quinta-feira que poderia ser demitido, disse o agora ex-técnico do Cuiabá
Demitido do Cuiabá Esporte Clube, Alberto Valentim, afirmou nesta segunda-feira (31.05) que deixou o time por problemas internos com o vice-presidente do clube, o empresário Cristiano Dresch. Conforme o VGN antecipou em primeira mão, Valentim confirmou que o desentendimento ocorreu por conta de interferência na escalação por parte de dirigente do Clube.
Em entrevista ao programa “Seleção SporTV”, Valentim voltou a rebater rumores sobre os motivos de sua possível demissão, classificando-os como “inverdades nojentas”.
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“Primeiro, deixar muito claro que algumas notícias que saíram são fake News. Foram inverdades nojentas. Uma nojentíssima, que foi em relação à minha vida pessoal e da família do Cristiano Dresch. A outra que não é verdade é uma discussão com Elton. Não teve nada disso, pelo contrário, os jogadores se mobilizaram, não me deixaram nem sair da minha sala para que eles tentassem reverter essa situação”, disse Alberto.
O ex-técnico do Cuiabá admitiu tentativas de interferência na equipe por parte de dirigentes do “Dourado”.
“Eu sempre fui muito aberto desde a minha chegada no Cuiabá, o Cristiano sabe disso. Sempre deixei ele fazer as colocações dele. Eu tinha as minhas. Algumas coisas, nós não concordávamos. Falávamos horas e horas. No domingo, quando fomos campeões, falamos por 47 minutos. Respeito muito as hierarquias. Mas tudo tem um limite. Então, quando alguma coisa começa a ser levada muito para dentro do campo, querendo quase obrigar que eu colocasse certos jogadores, ou tirasse outros, o relacionamento já fica um pouco desgastado”, declarou Valentim.
Ele afirmou que desconfiava da demissão desde a última quinta-feira. "Na semana que passou, ele foi muito incisivo com algumas colocações. Eu soube na quinta-feira que poderia ser demitido. Então, eu segui com a minha forma de trabalhar, meus treinamentos. Aquilo que seria melhor para Cuiabá naquele momento. Depois do empate (jogo do último sábado), eu até imaginava, e não quis externar isso para ninguém, nem dentro da minha casa com minha mulher, nem para os jogadores porque eu não queria colocar nenhuma pressão a mais, que todos os jogadores já tem. Eu achei que isso poderia nos prejudicar no jogo. Eles (jogadores) só souberam dessa conversa depois do jogo. Eles também ficaram incrédulo com a demissão”, disse o ex-técnico.
Ao final, ele ressaltou que foi campeão de forma invicta com o Cuiabá do Campeonato Mato-grossense, e que pode mostrar, com vídeos, a qualidade nos treinamentos enquanto esteve à frente do “Dourado”, e que resultou nos bons resultados: em 10 jogos foram sete vitórias e três empates.
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