O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) marcou para a próxima quinta-feira (26.09), às 10h, no Rio de Janeiro, o julgamento do pedido de impugnação da partida entre Fluminense e São Paulo, disputada no início do mês pelo Campeonato Brasileiro.
A diretoria do São Paulo alega que o árbitro Paulo Cesar Zanovelli cometeu um erro de direito ao validar o primeiro gol do Fluminense na vitória por 2 a 0, e que isso justificaria a anulação do jogo. O pedido será analisado pelo Tribunal Pleno, última instância do STJD.
Entenda o lance
A polêmica começa em uma disputa de bola entre Calleri e Thiago Santos no meio de campo, ainda no primeiro tempo. O árbitro marcou falta de Calleri, mas aplicou a lei da vantagem para o Fluminense, pois a bola ficou com o zagueiro Thiago Silva. No entanto, Thiago Silva, acreditando que a falta havia sido confirmada, abaixou-se, colocou a mão na bola e retomou o jogo. Na sequência, Kauã Elias marcou o gol.
Para o São Paulo, o árbitro deveria ter interrompido a partida nesse momento e marcado falta de Thiago Silva por tocar na bola com a mão. Isso, na visão do clube, invalidaria o gol.
A divulgação das imagens e do áudio da revisão pelo VAR, feita na última sexta-feira (20), acirrou os ânimos dos dirigentes são-paulinos. O vídeo mostra o árbitro se contradizendo ao revisar o lance. Zanovelli, ao discutir o lance com o VAR, afirma que inicialmente aplicou a vantagem, mas, ao rever a jogada no monitor, acaba validando o gol:
"Eu ia dar a vantagem, o jogador (Thiago Silva) para e bate a falta. Eu dou sinal de falta. Vamos seguir. Eu dei a vantagem, eu segui. É gol legal, tá, Igor (Junio Benevenuto, árbitro do VAR)?", declarou Zanovelli.
Desde então, o São Paulo protocolou o pedido de anulação da partida, citando o artigo 259 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que prevê a anulação de uma partida em casos comprovados de erro de direito relevante o suficiente para alterar o resultado do jogo.
Zanovelli também foi denunciado pela Procuradoria do STJD, podendo ser suspenso por até 120 dias, embora esse julgamento específico não ocorrerá na quinta-feira.
Agora, o Tribunal Pleno irá decidir se houve ou não um erro de direito, o que poderá resultar na anulação da partida.
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