O treino desta sexta-feira pela manhã será o mais importante do ano para Rogério Ceni. É nele que o goleiro deverá definir se enfrenta ou não o Flamengo, domingo, no Morumbi. Recuperado da lesão no ombro direito que o tirou dos gramados desde o início de 2012, o capitão do São Paulo terá uma conversa com o técnico Ney Franco e demais integrantes da comissão técnica na hora do almoço para definir se será relacionado pela primeira vez no ano.
O ídolo terminou a quinta-feira extenuado com os exercícios do treino da tarde. Ele foi muito exigido para saber qual é o nível atual após a cirurgia feita em janeiro, a mais grave de sua carreira, mas saiu animado e otimista com a possibilidade de atuar contra o Flamengo. A rotina vai continuar pesada até a volta à equipe. Ceni costuma chegar ao CT da Barra Funda mais de uma hora antes do início da atividade para preparar a proteção que usa no tornozelo esquerdo, operado em 2009. Nesta sexta, mais exercícios para o braço serão feitos e sua condição colocada em prova.
No início da recuperação, Rogério mal conseguia levantar o braço e nem segurava as filhas no colo. Também tinha muita dificuldade para dormir. Agora já faz tudo normalmente. No local, nenhum tipo de proteção será usado, até para não limitar os movimentos, fundamentais para um goleiro. Seu retorno é aguardado com ansiedade pela torcida do São Paulo, que sofre com o mau momento do time. Apesar da sétima colocação na tabela do Campeonato Brasileiro, a derrota por 4 a 3 para o Atlético-GO, a eliminação na semifinal da Copa do Brasil e os títulos dos principais rivais na temporada esquentaram de vez o clima entre torcedores, jogadores e a diretoria.
Sem Ceni, o Tricolor perdeu seu principal líder. Luis Fabiano, Rhodolfo e Denilson se revezaram com a faixa de capitão desde a estreia em 2012. A equipe também ficou sem um especialista nas bolas paradas. O Fabuloso foi o único jogador a marcar em cobrança de falta, mas desperdiçou pênaltis, assim como Jadson e Willian José.
Caso o veterano, de 39 anos, entre em campo no domingo, a diretoria também espera um público maior e mais paciente nas arquibancadas contra o Flamengo. Os jogos em casa têm sido marcados por protestos, principalmente contra o presidente Juvenal Juvêncio.
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