Um sonho com contornos de realidade. Robinho continua distante do Flamengo, mas o atacante, que está com salários atrasados no Santos e não sabe qual será o seu futuro, vê com bons olhos a possível ida para a Gávea. A pedida salarial de R$ 800 mil líquidos, no fim de 2014, assustou a diretoria rubro-negra. A insistência de Vanderlei Luxemburgo, porém, pode ser capaz de conduzir a negociação ao equilíbrio entre a pretensão financeira do jogador e a necessidade de o clube ter um ídolo como referência.
Luxa foi técnico de Robinho na Vila Belmiro em 2004, ano em que o Peixe conquistou seu último Brasileiro. A perspectiva de reeditar a parceria agrada ambas as partes.
“O nosso entendimento em conjunto é de que o Vanderlei é um dos maiores treinadores do mundo. Se ele tem essa confiança e esse apreço pelo Robinho, e se é um desejo da diretoria, a gente fica feliz. É um time grande, histórico”, disse a advogada do jogador, Marisa Alija, que garante ter conhecimento do interesse rubro-negro somente pela imprensa.
Depois de uma sondagem malsucedida em 2014, o interesse do Flamengo em Robinho havia esfriado. Agora, com o fracasso no Campeonato Carioca e a proximidade do Brasileiro, Vanderlei voltou a insistir para que a diretoria ceda um pouco em sua política de austeridade financeira. Para Montillo, por exemplo, o clube havia estipulado um teto de R$ 500 mil. Se quiser ter o rei das pedaladas precisará esticar a corda.
“O contrato dele com o Santos ainda não acabou. Teríamos que conversar com o Flamengo para ver se chegamos a um denominador comum”, afirmou Alija.
No final de 2014, no jogo das estrelas organizado por Zico, Robinho correu para a galera e foi exaltado pelos rubro-negros na arquibancada do Maracanã. Um ensaio? “Robinho é muito carismático e é identificado com todos os brasileiros”, concluiu a advogada.
MÉDICO TEM REMÉDIO CONTRA CRISE
O médico Márcio Tannure tentou, ontem, remediar os efeitos colaterais da crise entre a preparação física e o departamento médico. Ele afirma que não há problemas de relacionamento entre as duas partes, mas, ao explicar como se dá o processo de recuperação dos jogadores lesionados, reiterou o conceito que tanto incomoda a comissão técnica.
“Quando o jogador sai do departamento médico, não significa que ele está apto a jogar. Às vezes tem certa confusão nisso. Não tem confusão nenhuma do departamento médico com a preparação física, pelo contrário”, disse Tannure, que emendou: “Quando o atleta sai do DM após 10 ou 15 dias, não está apto a jogar imediatamente. Tem a fase de transição, onde ele passa pela fisiologia. Ele está liberado parcialmente, porque não está mais no departamento médico."
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