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Esportes Quarta-feira, 03 de Setembro de 2014, 08:50 - A | A

Quarta-feira, 03 de Setembro de 2014, 08h:50 - A | A

Racismo na Arena pode custar até R$ 4,7 milhões aos cofres do Grêmio

Grêmio poderá sair do STJD nesta quarta-feira excluído da Copa do Brasil

Uol.com

O Grêmio poderá sair do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) nesta quarta-feira excluído da Copa do Brasil e com uma conta milionária para pagar. É que em caso de perda de mando de campo, uma das sanções que pode receber após os atos de injúria racial contra o goleiro Aranha, o clube terá de ressarcir a empresa parceria na construção da Arena. O valor por jogo beira os R$ 500 mil e a punição máxima pode englobar até 10 partidas longe de sua casa inaugurada em dezembro de 2012.

No contrato entre Grêmio e a construtora OAS está estipulado que o responsável pela transferência de um jogo da Arena precisa ressarcir o outro lado do negócio. E a base de cálculo é: 60% da média de receita dos últimos cinco jogos no estádio.

Levando em conta as partidas mais recentes na Arena, o valor por jogo seria de R$ 473 mil. O próprio Grêmio confirma que uma das possibilidades em seu julgamento pelos atos de injúria racial contra o goleiro Aranha é a perda de cinco a 10 mandos de campo. Então a conta indica que sendo punido com a pena máxima neste quesito, o clube teria de pagar cerca de R$ 4,7 milhões.

Se o cálculo considerar apenas a Copa do Brasil, a quantia sobe para R$ 488 mil e influencia no valor final. Cifra esta referente a 60% da receita do jogo de ida contra o Santos, e pano de fundo para as denúncias do jogador Aranha e desdobramentos até na área policial.

Os dirigentes do clube confirmam que a cláusula de ressarcimento existe, mas desconversam sobre o percentual e a base de cálculo. O histórico de jogos do Grêmio fora da Arena também é lembrado na tentativa de minimizar as projeções. Ao disputar partidas em Caxias do Sul, o tricolor fez um acordo sobre os valores a serem repassados para a parceira.

Denunciado no artigo 243-G do CBJD (Código Brasileiro de Justiça Desportiva) por 'praticar ato discriminatório, desdenhoso ou ultrajante, relacionado a preconceito em razão de origem étnica, raça, sexo, cor, idade, condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência', o Grêmio contratou Michel Assef Filho para reforçar sua defesa no Rio de Janeiro.

Além dele, o presidente Fábio Koff também estará presente no STJD para conferir mais peso a comitiva do Grêmio. A estratégia do clube é apresentar suas medidas punitivas para a torcida 'Geral do Grêmio' e as ações de colaboração com a investigação da Polícia Civil, que abriu inquérito e já identificou seis torcedores em vídeo cedido pelo tricolor.

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