O ex-jogador da seleção brasileira Paulo Roberto Falcão foi denunciado por suspeita de importunação sexual na manhã desta sexta-feira (04.08) por uma funcionária do apart hotel onde mora em Santos, no litoral de São Paulo. Segundo apurado pelo g1, o caso foi registrado na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) do município.
Uma recepcionista do local afirmou à polícia ter sido importunada por Falcão, que desde agosto de 2022, é coordenador esportivo do Santos FC. Com base no Boletim de Ocorrência (BO), a autoridade policial, a fim de preservar a intimidade da vítima, decidiu resumir as informações no documento.
O texto diz, ainda, que como "os atos" de Falcão "não deixaram vestígios", não será necessário exame de corpo de delito. O g1 entrou em contato com a assessoria do Santos FC e aguarda um retorno. Até a última atualização desta reportagem, não havia informações sobre uma defesa de Falcão.
Segundo o Código Penal, importunação sexual é “praticar contra alguém e sem a sua anuência ato libidinoso visando satisfazer a própria lascívia ou a de terceiro”. Ou seja, é praticar qualquer ato de cunho sexual sem o consentimento da vítima. A pena para o crime é de 1 a 5 anos de reclusão.
“É aquele beijo forçado, um toque, um apalpar, para satisfazer a si próprio sem que a vítima tenha dado consentimento em relação a isso. O ponto central desse crime é a ausência de consentimento”, explicou a advogada especialista em gênero, Maíra Recchia.
Paulo Roberto Falcão negou as acusações, mas pediu demissão do Santos.
"Em respeito à torcida do Santos Futebol Clube, pelos recentes protestos diante do desempenho do time em campo, decidi deixar o cargo de coordenador esportivo nesta data. Meu sentimento, em primeiro lugar, é defender a imagem da instituição. Sobre a acusação feita nesta sexta-feira, que recebi com surpresa pela mídia, afirmo que não aconteceu", diz nota de Falcão.
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