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Esportes Terça-feira, 03 de Junho de 2014, 08:57 - A | A

Terça-feira, 03 de Junho de 2014, 08h:57 - A | A

Neymar diz que sente falta de "ser normal": "Já pensei em usar peruca"

Atacante brasileiro utiliza uma metáfora do pai para superar insinuações de “cai-cai” da imprensa europeia e afirma que quanto mais apanha mais gosta de jogar futebol

Globo esporte

Às vezes, nós achamos que somos normais. Sentimos falta de sair. Já pensei até em usar peruca.

Mas não. Neymar não é uma pessoa normal. É a referência da seleção brasileira de Luiz Felipe Scolari que vai disputar a Copa do Mundo no Brasil. Concentrado com o grupo em Goiânia, para o amistoso desta terça-feira, às 16h (de Brasília), contra o Panamá, no Serra Dourada, também é o jogador mais assediado da equipe. Seja para uma foto ou um autógrafo. Mas não foi fácil. Até vestir a 10 canarinha, passou por muita coisa. Foi chamado de "cai-cai" pela imprensa europeia, um autêntico cavador de faltas. Situação que tem explicação metafórica.

O meu pai sempre disse que um graveto apoiado se quebra facilmente. Se você jogar o graveto pro alto e dar um tapa com muita força vai ser mais difícil de quebrar. Tem tudo a ver com o jogador de futebol. Se você estiver apoiado e o adversário te der uma pancada, é mais fácil de você se machucar gravemente. Se você estiver um pouco levantado, é mais difícil de machucar.

E as pancadas o motivam ainda mais.  Incentivam-no a ser simplesmente "Neymar Júnior".

Não tem segredo para isso ou coisa específica. Sou um cara protegido, graças a Deus. Esse é o meu futebol. É o que eu faço. Não tenho medo de jogar, de me machucar. Eles começam a bater e me dá mais vontade de jogar bola.

E foi assim que chegou ao Barcelona. Que chamou a atenção dos catalães, que investiram mais de R$ 150 milhões em sua contratação. A ida para a equipe espanhola era um sonho, e Neymar nunca escondeu de ninguém. Nem os valores mais altos oferecidos pelo Real Madrid o fizeram mudar de opinião.

Claro que eu pensava (nos valores oferecidos pelo Real), mas não conseguia me ver com outra camisa que não fosse a do Barcelona. Era um sonho jogar lá. O coração falou mais alto. É a magia dos jogadores, desse lugar, de jogar com os jogadores que estão aqui hoje. Foram essas coisas boas que foram encaixando.

Em Barcelona, a fama extrapolou a fronteira. Saiu do Brasil e invadiu o mundo. A febre Neymar virou mania. E o jogador até gosta do que vê pelas ruas.

Ao ser ídolo, você atrai as pessoas, e elas querem se vestir como você. Olho o guarda-roupa e escolho. Já fui pro treino todo colorido para brincar. O jeito de me vestir é espontâneo. Sou extrovertido, feliz, amigo, gente boa...

foi com todo esse bom humor que Neymar conversou com a TV Globo e o GloboEsporte.com ainda em Barcelona. Além de falar de seu estilo em campo e suas preferências, o camisa 10 da seleção brasileira ainda contou detalhes do relacionamento com o pai, seu Neymar, de sua atitude nas redes sociais e de como a Seleção está focada para buscar o hexacampeonato.

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