Cerca de 100 pessoas estão se organizando para realizar um protesto nesta terça-feira (21.01) contra a contratação do goleiro Bruno Fernandes por parte do Clube Esportivo Operário Várzea-grandense (CEOV).
Na última sexta-feira (17.01), a justiça de Minas Gerais concedeu decisão judicial autorizando que o atleta cumpra a sua pena pela morte de Eliza Samúdio – no qual foi sentenciado em 20 anos e 9 meses de prisão -, em regime semiaberto, em Várzea Grande. A íntegra da decisão ainda não está disponível.
O grupo está se organizado por meio aplicativo de celular Whatsapp chamado “Goleiro Bruno #Não”. Grande parte dos participantes são mulheres que repudiam a contratação de Bruno e dizem que ele pode “manchar” o nome do Operário.
O Conselho dos Direitos da Mulher de Mato Grosso soltou uma nota de repúdio ao Operário. "Somos contra porque o futebol tem uma função social, que ultrapassa a questão esportiva. Alcança as famílias e as crianças. Não somos contra a ressocialização, mas o esporte cria ídolos e as crianças aprendem valores com essa super exposição que o esporte proporciona. O que mais lutamos é contra o crime que ele cometeu. Em Várzea Grande, especialmente, é um dos municípios com índices mais altos de mulheres que sofrem violência e morrem todos os dias", diz trecho da nota assinada por Gláucia Amaral, presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher de Mato Grosso.
Conforme o grupo, o ato de protesto está previsto para iniciar às 19 horas na Arena Pantanal em Cuiabá, mas alguns participantes defendem que seja realizado no estádio municipal Dito Souza no bairro Cristo Rei em Várzea Grande.
Ao oticias, o supervisor de futebol do CEOV, André Xela, limitou-se a dizer que as pessoas são contra a contratação de Bruno tem todo o direito de protestar. “Eles têm direito de protestar. O Bruno é jogador do Operário e tenho certeza que ele irá ajudar muito o time neste ano a obter os nossos objetivos” disse o dirigente.
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