Luis Fabiano esteve próximo de deixar o São Paulo no fim do primeiro semestre de 2013. Teve propostas de Galatasaray (TUR) e Olympiakos (GRE), comprou briga com a diretoria que publicamente o colocou à venda e terminou a novela de contrato renovado com o clube. Três meses depois, vive sua pior fase desde o retorno, em março de 2011 e luta para deixar o mau momento: após a saída de Ney Franco, o atacante marcou apenas dois gols. Nessa quinta-feira, o São Paulo estreia na Sul-Americana às 21h50, contra a Universidad Católica (CHI), no Morumbi - duelo que pode servir de motivação para o camisa 9.
O atacante é o quinto maior artilheiro de toda a história do São Paulo, tem 175 gols pelo clube e média de 0,7 gol por partida. Após a saída de Ney Franco, no entanto, passaram-se 14 jogos e o camisa 9 fez apenas dois gols. Se mantivesse a média no clube, o normal seria ter balançado as redes dez vezes. Nesse período, Paulo Autuori chegou ao Morumbi, reconstruiu o ambiente do clube, afundou na crise e foi demitido. Depois, Muricy Ramalho retornou e começa agora a amenizar a crise.
Se Luis Fabiano não vai bem no Brasileirão, a Sul-Americana pode servir de motivação não só pela má fase, mas pelos fracassos na mesma competição em oportunidades anteriores. No ano passado, o atacante ficou fora da maior parte dos jogos durante a campanha que deu o título inédito ao São Paulo. No primeiro jogo da final contra o Tigre (ARG), foi expulso ainda no primeiro tempo em partida na Bombonera após tentativa de agressão ao adversário. Ficou fora da decisão no Morumbi e não pôde participar do confronto de apenas 45 minutos que acabou com os argentinos em uma delegacia da Polícia Militar e os são-paulinos com o troféu na mão, após vitória por 2 a 0 na primeira etapa e confusão nos vestiários durante o intervalo.
Em 2003, o São Paulo chegara à semifinal da Copa Sul-Americana e fazia campanha promissora, e esbarrou no River Plate (ARG). Os argentinos jogaram em casa o primeiro jogo e venceram por 3 a 1. No Morumbi, o São Paulo devolveu o 2 a 0 e levou o jogo para os pênaltis. No fim da partida, porém, antes das cobranças, houve confusão e agressões generalizadas entre as duas equipes. Luis Fabiano foi quem mais se excedeu. Partiu para a briga com uma voadora, tentou dar socos, chutes e acabou expulso. Cobrador oficial de pênaltis, viu o próprio time ser derrotado na disputa e perder a chance de ir à final.
Na saída do gramado, após a derrota do São Paulo em 2003, Luis Fabiano afirmou: "Entre brigar e bater o pênalti, eu prefiro ajudar na briga". O sentimento foi bem diferente nove anos depois. O atacante elegeu como o maior erro de sua carreira a expulsão que o deixou fora da decisão contra o Tigre. A pessoas próximas, dissera estar extremamente chateado por manter o estigma de não conseguir conquistar títulos pelo clube que mais jogou na carreira. O único como titular - e jogando - foi o Rio-São Paulo de 2001, que consagrou Kaká.
Para o jogo dessa quinta-feira, Luis Fabiano terá a seu lado diferente parceiro de ataque para romper o momento ruim e tentar apagar o retrospecto negativo na Copa Sul-Americana. Aloísio substitui Welliton, que estará no banco, poupado. Muricy Ramalho também trocou o esquema tático da equipe após a derrota para o Goiás, no Brasileirão. O 4-2-3-1 dará lugar ao 3-5-2.
FICHA TÉCNICA
SÃO PAULO X UNIVERSIDAD CATÓLICA (CHI)
Local: Morumbi, em São Paulo (SP)
Data: 26 de setembro de 2013, quinta-feira
Horário: 21h50 (de Brasília)
Árbitro: Darío Ubriaco (URU)
Assistentes: Carlos Pastorino (URU) e Carlos Changala (URU)
SÃO PAULO: Rogério Ceni, Paulo Miranda, Rafael Toloi e Antonio Carlos; Douglas, Wellington, Maicon, Ganso e Reinaldo; Aloísio e Luis Fabiano
Técnico: Muricy Ramalho
UNIVERSIDAD CATÓLICA: Cristopher Toselli, Cristián Álvarez, Hanz Martínez, Enzo Andía e Alfonso Parot; Fernando Meneses, Tomás Costa, Milovan Mirosevic e Fernando Cordero; Ismael Sosa e Nicolás Castillo
Técnico: Martín Lasarte
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