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Esportes Quinta-feira, 07 de Agosto de 2014, 08:35 - A | A

Quinta-feira, 07 de Agosto de 2014, 08h:35 - A | A

lobo falará em mata-mata no Brasileirão e manter divisão de cotas40

Emissora está preocupada com as quedas dos jogos na audiência

Uol.com

Começa nesta quinta-feira (07.08) uma série de reuniões entre a Globo e os clubes do futebol brasileiro. O primeiro encontro será em São Paulo; o segundo, no dia 12, no Rio de Janeiro. A emissora, principal investidora do futebol no país, está preocupada com as quedas dos jogos na audiência e pretende propor medidas para melhorar o apelo e o futebol brasileiro.

A volta do formato mata-mata no Brasileirão é vista com bons olhos pela emissora que, mesmo sem otimismo quanto a uma mudança, colocará o assunto em pauta nos encontros. O UOL Esporte apurou que o tema já foi discutido no final de 2013, quando a disputa judicial entre CBF e Portuguesa criou indefinição sobre o formato que o torneio teria em 2014. Modelos com mais de 20 clubes e fases de mata-mata chegaram a ser esboçados pela transmissora do torneio.

A mudança, porém, não encontra apoio nos clubes. A própria CBF também apoia a manutenção dos pontos corridos, utilizados na maioria dos campeonatos nacionais europeus, e adotados no Brasileirão em 2003.

Para as equipes – com exceção de Corinthians e Flamengo – os encontros servirão para abordar a divisão das cotas de transmissão no futebol brasileiro. A partir de 2016, Corinthians e Flamengo passarão a receber da Globo R$ 170 milhões/ano – R$ 60 milhões a mais do que o São Paulo, do segundo escalão, e R$ 70 milhões a mais do que Palmeiras e Vasco, do terceiro.

Em entrevista ao UOL Esporte na última terça-feira, o presidente do Coritiba e principal articulador da relação CBF/clubes, Vilson Ribeiro de Andrade, afirmou que a divisão atual será contestada e rediscutida durante os encontros. O assunto já foi debatido em reunião entre a emissora e clubes das Séries A e B do Brasileiro no último dia 28.

A Globo, porém, já deixou claro que não tem nenhuma intenção de alterar o modelo de divisão de receitas. A empresa já avisou a vários clubes que os pagamentos são medidos com base em audiência e retorno financeiro, e que isso não vai mudar.

"Se continuar com o modelo atual, o futebol brasileiro vai continuar com o esvaziamento dos estádios e com o encaminhamento de grandes instituições para a falência", afirma Antônio Luiz Neto, presidente do Santa Cruz.

No encontro do dia 28, o presidente eleito da CBF, Marco Polo Del Nero, pediu que os insatisfeitos com o atual modelo elaborassem uma propostas por escrito de mudanças e apresentassem à emissora em datas posteriores.

A reportagem tentou contato com os presidentes dos clubes paulistas para falar sobre a reunião desta quinta, mas não obteve resposta.

Gestão e investimentos

Além das divisões de cotas e do formato do Brasileirão, a emissora também vai debater a gestão dos clubes. Preocupada com a qualidade do futebol, pretende cobrar e discutir maiores investimentos nas categorias de base e melhor administração financeira.

O diretor da Globo Esporte, Marcelo Campos Pinto, é a favor da Lei de Responsabilidade Fiscal, que tem como objetivo refinanciar as dívidas dos clubes. Outro ponto defendido pela emissora é a criação de algum mecanismo que minimize a saída dos principais jogadores do Brasil.

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