Leila Pereira, presidente do Palmeiras e agora chefe da delegação da Seleção Brasileira na Inglaterra para os amistosos contra a Inglaterra e Espanha, se pronunciou sobre as recentes polêmicas sobre os casos dos ex-jogadores de futebol Daniel Alves e Robinho, ambos condenados por estupro.
Durante entrevista com o site de notícias UOL, a dirigente foi questionada se as condenações dos ex-jogadores são comentadas na delegação brasileira. Diante do questionamento, Leila se viu na obrigação de se posicionar sobre o assunto e afirmou que a situação é um tapa na cara das mulheres.
“Ninguém fala nada, mas eu, como mulher aqui na chefia da delegação, tenho que me posicionar sobre os casos do Robinho e Daniel Alves. Isso é um tapa na cara de todas nós mulheres, especialmente o caso do Daniel Alves, que pagou pela liberdade. Acho importante me posicionar. Cada caso de impunidade é a semente do crime seguinte”, disse a chefe da delegação do Brasil.
Sobre os assuntos
Em uma decisão publicada na quarta-feira (20.03), a Justiça da Espanha concedeu liberdade provisória a Daniel Alves, sob o pagamento de fiança de 1 milhão de euros, cerca de R$ 5,4 milhões. Já sobre Robinho, o ex-jogador recebeu uma homologação para cumprir a pena de nove anos em regime fechado no Brasil, ele já havia sido condenado pela Justiça italiana.
Leila como chefe da delegação brasileira
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) convidou a presidente do Palmeiras para chefiar a delegação brasileira nos jogos contra a Espanha e Inglaterra, que acontecem neste mês. A pessoa convidada para desempenhar este papel costuma resolver assuntos mais simbólicos, como acompanhar treinos e representar a CBF em almoços, jantares e outros encontros com dirigentes de outras federações.
Em um breve pronunciamento quando desembarcou em Londres, na Inglaterra, na última segunda-feira (18.03), Leila destacou a felicidade por receber esta oportunidade dada a ela pela CBF.
“Fico honrada pelo convite. Por todo o trabalho que estamos desempenhando no futebol brasileiro e, principalmente, por ser mulher. A primeira mulher chefe de delegação do futebol masculino e fico muito feliz. Não por achar que a mulher é superior por gênero, somos todos iguais. Mas por nós estarem dando oportunidade para estarmos aqui e onde quisermos”, declarou a dirigente Alviverde.
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