A juíza da 20ª Vara Cível do Distrito Federal (TJDF), Thaissa de Moura Guimarães, negou recurso do ex-piloto de Fórmula 1 Nelson Piquet e manteve a condenação contra ele por ofensas racistas e homofóbicas ao piloto da Mercedes Lewis Hamilton. A decisão é do último dia 26.
Piquet foi denunciado por entidades antirracistas e de defesa à causa LGBTQIAP+ após chamar o piloto britânico de "neguinho" e dizer que ele "devia estar dando o c*" durante o auge da carreira. O episódio aconteceu em entrevista ao canal "Motorsports Talks", em junho do ano passado, mas o vídeo logo foi deletado.
- O Keke? Era uma b... Não tinha valor nenhum. [...] É que nem o filho dele [Nico]. Ganhou um campeonato. O neguinho [Hamilton] devia estar dando mais c... naquela época e tava meio ruim", disse o ex-piloto.
Em março deste ano, o brasileiro foi condenado a pagar uma indenização de R$ 5 milhões, valor este que será destinado a fundos de promoção da igualdade racial e contra a discriminação da comunidade LGBTQIA+.
A defesa do ex-piloto entrou com recurso tentando reforma decisão alegando omissão e contradição. Porém, ao analisar o pedido, a juíza Thaissa de Moura não existe a omissão alegada, “uma vez que a sentença explanou claramente todos os pontos alegados pela autora”.
“Esta visa, na verdade, à modificação do julgado, motivo pelo qual concluo que maneja recurso inadequado. Verifico no presente caso, indemonstrada a existência dos elementos acima descritos (omissão, obscuridade ou contradição), o improvimento dos Embargos ora opostos é medida que se impõe. Pelo exposto, CONHEÇO dos embargos declaratórios, mas, contudo, NEGOLHES PROVIMENTO, mantendo íntegro o ato judicial impugnado”, diz trecho da decisão.
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