A Justiça determinou o bloqueio de R$ 18.560,53 das contas do Cuiabá Esporte Clube pelo não repasse de verbas obtidas na partida contra o Mixto Esporte Clube, pelo Campeonato Mato-grossense de 2023.
Consta dos autos, que na época, as diretorias dos clubes fizeram um acordo para dividir de forma igualitárias o lucro líquido obtido na partida. Porém, o Mixto discordou do valor oferecido pelo clube Auriverde. A diretoria do Mixto alega que o Cuiabá, mandante do jogo em questão, utilizou parte da renda obtida para gastos particulares.
Conforme o relatório divulgado, a renda bruta da partida foi de R$ 117.300,00, e as despesas ficaram em torno de R$ 80 mil, restando assim, R$ 37.121,06 de renda líquida, que seria dividido entre os clubes.
Por considerar que o Dourado pagou despesas individuais com a quantia e que não foram contratadas para as duas partes, o Mixto entendeu que a quantia justa a receber seria algo em torno de R$ 29,9 mil.
Inicialmente a diretoria do Mixto afirmou que não iria aceitar o valor de R$ 18 mil pelo fato do rival ter descumprido o acordo. Agora, o clube Alvinegro alega que o Dourado não realizou o pagamento e, por isso, moveu uma ação na Justiça solicitando o bloqueio da quantia não repassada.
Em nota, o Cuiabá diz que "se o seu presidente publicamente renunciou aos valores que o Cuiabá havia oferecido, não havia porque efetuar qualquer repasse ou pagamento". E diante disso, tomou as medidas cabíveis para reverter o bloqueio. O clube Auriverde considera a ação do Mixto como “de má-fé e oportunismo”.
Nota oficial do Cuiabá
O Cuiabá Esporte Clube foi surpreendido, em 08/05/2024, com bloqueios em suas contas bancárias, originadas por uma ação judicial promovida pelo Mixto Esporte Clube.
A cobrança diz respeito ao rateio da bilheteria da partida realizada entre Cuiabá e Mixto, em 21/01/2023, válida pela 1ª rodada do Campeonato Mato-grossense de 2023. Naquela oportunidade, o Cuiabá era mandante de jogo e detentor da totalidade da renda auferida na partida. Contudo, visando agregar valor ao futebol mato-grossense, acordou dividir com o Mixto pela metade o saldo positivo da arrecadação, deduzidas as despesas.
A equipe rival afirmava ter sido a responsável pelo bom público do estádio, não concordando na dedução das despesas que o Cuiabá teve com a divulgação da partida, entre outras. Tal alegação beira a alucinação, já que o Cuiabá há anos figura na elite do futebol brasileiro, disputando a Série A e competições internacionais, com calendário ao longo de toda a temporada e, por consequência, públicos relevantes na Arena Pantanal.
A contestação das despesas pelo representante do Mixto foi deselegante, mal-educada e encerrada pelo seu Presidente até com certo tom de chacota, como se vê das entrevistas e comunicados publicados em janeiro de 2023.
Ora, se o seu Presidente publicamente renunciou aos valores que o Cuiabá havia oferecido, não havia porque efetuar qualquer repasse ou pagamento.
Surpreendentemente, o Cuiabá viu o arresto do valor pleiteado pelo rival por meio de ordem judicial que desconhece a renúncia publicamente declarada pelo representante do Mixto.
O Cuiabá informa que já tomou as medidas cabíveis para reverter tal bloqueio, que ocorreu com base em um pedido judicial eivado de má-fé e oportunismo.
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