Ganso, mais uma vez, deu esperanças para o são-paulino ao marcar duas vezes contra o Flamengo, só que esse roteiro não é novo. Se o meia se empolga e fala em seleção, Muricy Ramalho e Rogério Ceni mantêm a cautela e mostram que, no clube, o meia ainda precisa mostrar mais consistência.
"Ele está entendendo que se não se mexer, não procurar espaço, não entrar na área, não consegue jogar. É difícil isso para ele. Ele tem o pensamento de que é melhor dar um passe do que fazer gol. Estamos tentando mudar isso nele. O 10 tem de fazer gol também. Ele está comprando a ideia, e aí mostra que é diferente", disse Muricy Ramalho, que chamou Ganso de irregular.
Só que o jogo do último domingo ainda não é regra para Ganso, que alterna boas e más atuações. Há duas semanas, ele começou no banco no empate por 2 a 2 contra o Coritiba e deixou o gramado reclamando do esquema de Muricy, em mais um episódio da novela de tapas e beijos dos dois.
Depois de marcar duas vezes contra o Flamengo, o camisa 10 brincou com a queda de braço com treinador, mas não sem alguma verdade. "Fiz dois gols, isso é muito bom, mas a sensação de dar um passe e deixar o companheiro na cara do gol é melhor", disse Ganso ao site do São Paulo.
A condição técnica do jogador não é questionada por ninguém. Rogério Ceni, que seguidas vezes já elogiou meia após boas atuações, fez o mesmo no Maracanã, mas não sem alfinetar.
"O Ganso, quando é competitivo, não há jogador no Brasil que produza o que ele produz. Tecnicamente, ninguém faz o que ele faz. A bola corre mais rápida. Ele faz coisas que os outros não fazem, mas tem quer estar ligado nos 90 minutos", disse o goleiro.
O discurso de cautela tem pouco a ver com o que diz o próprio Ganso. "Já vínhamos jogando bem, mas o pessoal só vê em grande jogos, como contra Corinthians, Flamengo... Fica a sensação de que poderia estar na Seleção, mas como todos os problemas que passei, já superei tudo isso", disse Ganso.
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